São Paulo, sábado, 25 de fevereiro de 1995
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Eletropaulo deve rever relatório que beneficiou Magri na Justiça

DA REPORTAGEM LOCAL

A direção da Eletropaulo deve rever relatório que beneficiou o ex-ministro Antonio Rogério Magri em decisão judicial.
Anteontem, o Tribunal de Justiça de São Paulo anulou decisão de primeira instância que determinava ao ex-ministro devolver ao Estado o valor correspondente a sete salários recebidos da Eletropaulo entre 1990 e 1991.
Magri havia sido punido por acumular dois cargos públicos. Ele recebeu, ao mesmo tempo, salários da Eletropaulo e da União por ocupar o cargo de ministro do Trabalho no governo Fernando Collor. A Constituição proíbe o acúmulo de empregos públicos.
A condenação inicial foi anulada porque relatório do departamento jurídico da Eletropaulo diz que a empresa é uma entidade de direito privado e não uma estatal.
O Estado, porém, é dono de 51% das ações preferenciais da empresa. O presidente da empresa é indicado pelo governador.
O deputado federal Arlindo Chinaglia (PT-SP), autor da ação inicial contra o ex-ministro, vai recorrer da anulação.
Na sua opinião, "é notório" que o Estado é o acionista majoritário da Eletropaulo.
A Folha apurou que, por entender que a Eletropaulo é uma estatal, a nova diretoria —empossada em janeiro— pretende rever o relatório do departamento jurídico.

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