São Paulo, sábado, 25 de fevereiro de 1995
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Governo admite privatizar 'teles'

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O porta-voz do Palácio do Planalto, Sérgio Amaral, admitiu ontem a privatização de todas as empresas estatais de telecomunicações, menos Telebrás e Embratel. "O governo vai analisar cada caso", disse.
"O Estado só não admite abrir mão da holding Telebrás e da Embratel. Em outras palavras, da capacidade de fixar regras e os regulamentos para o setor e de deter a telecomunicação básica", afirmou.
Na quarta-feira, o ministro das Comunicações, Sérgio Motta, disse que "a Telebrás será até fortalecida e atuará como coordenadora do poder concedente (governo), fiscalizadora e regulamentadora do setor".
Motta disse ainda que as empresas telefônicas estaduais podem ser privatizadas até o final do governo. "Eu acho até, na minha opinião pessoal, que a tendência futura é privatizar todas", afirmou o ministro.
Segundo Amaral, "o mesmo raciocínio das telecomunicações vale para a energia elétrica. O governo precisa manter a linha básica de transmissão e um órgão regulador para regulamentar as concessões".
O porta-voz disse que "nem tudo é privatizável". A competição entre as empresas concessionárias de telecomunicações é que vai determinar quais estatais devem ser vendidas.
"A possibilidade de fazer concessões na área das telecomunicações cria condições para uma privatização em melhores condições", declarou Amaral.

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