São Paulo, sábado, 25 de fevereiro de 1995
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Carroça com três corpos vira escudo em tiroteio no Rio

DA SUCURSAL DO RIO

Uma carroça que carregava três cadáveres serviu de escudo ontem de madrugada para o bando que durante 15 minutos trocou tiros com a polícia na Linha Vermelha, na altura do Caju (zona norte).
Agentes do Batalhão de Polícia Rodoviária responsáveis pela vigilância da Linha Vermelha desconfiaram do grupo e resolveram checar o que havia dentro da carroça.
Quando se aproximavam, dezenas de tiros foram disparados em sua direção, segundo relataram à delegacia de Bonsucesso (zona norte), que registrou o caso.
Os membros da quadrilha se protegeram das balas da polícia atrás da carroça, que foi atingida várias vezes.
Quando se aproximavam os reforços pedidos por rádio pelos policiais rodoviários envolvidos no tiroteio, os membros da quadrilha fugiram para dentro da favela Parque Alegria.
A Parque Alegria integra o complexo de favelas da Maré, agrupamento de barracos e conjuntos habitacionais existente ao longo do trecho Caju-Ilha do Governador da Linha Vermelha.
A carroça foi abandonada na lateral da pista. Dentro dela, foram achados os corpos de três homens, mortos a tiros no início da madrugada de ontem, segundo a conclusão da perícia.
Até o fim da tarde de ontem apenas um morto estava identificado pela polícia. O nome da vítima é Ronaldo dos Santos, 24. Os dois mortos não-identificados aparentavam cerca de 25 anos.
Um dos trajetos das patrulhas militares passa pela Linha Vermelha. Durante o tempo em que durou a troca de tiros, os militares não apareceram.

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