São Paulo, domingo, 26 de fevereiro de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Morte reabre disputa por direção das empresas

ARI CIPOLA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MACEIÓ

A morte de Leda Collor invalidou o acordo judicial assinado anteontem no Fórum de Santo Amaro, zona sul de São Paulo (SP), pelo qual a ala da família ligada ao ex-presidente Fernando Collor retomava o controle das empresas alagoanas dos Collor de Mello. O acordo nomeava a filha Ledinha curadora dos bens da mãe.
Com a morte da matriarca, será agora aberto um inventário. Na prática, isto reabre a disputa familiar pelo controle das empresas.
Com as denúncias de Pedro Collor, que levaram ao impeachment do irmão, a família se dividiu em duas partes. O acordo judicial foi feito com objetivo de nomear um novo curador dos bens de Leda Collor no lugar de Pedro Collor.
Pelo acordo, a filha Leda Maria de Mello Coimbra foi escolhida para ser a curadora. Ledinha sempre esteve ligada ao irmão ex-presidente e é casada com o ex-chefe da Casa Civil Marcos Coimbra.
Ledinha assinou na sexta-feira o termo de compromisso pela curadoria na presença do juiz Aldemar Ferreira da Silva, da 4ª Vara de Família de Santo Amaro.
Leda Collor era sócia majoritária das Organizações Arnon de Mello, o maior grupo de comunicações de Alagoas. Integrado por um jornal diário, uma emissora de TV e três rádios, o grupo está avaliado em US$ 20 milhões. Leda Collor morreu no dia em que o jornal "Gazeta de Alagoas" completou 61 anos.

Texto Anterior: Leda morre depois de 29 meses em coma
Próximo Texto: Ex-presidente retoma comando das empresas
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.