São Paulo, domingo, 26 de fevereiro de 1995
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GLOSSÁRIO

PAS (Plano de Atendimento à Saúde) — Este projeto, que ainda não foi implantado na prática, foi denominado pelo prefeito Paulo Maluf de "plano de saúde para os pobres". Só serão atendidos nos postos e hospitais da prefeitura as pessoas que apresentarem uma carteirinha, que será conseguida através de comprovação de que a pessoa mora na cidade. Os médicos, organizados em cooperativas, receberiam por consulta realizada. Não haverá mais salário fixo.
Faria Lima — No início de 1993, Maluf anunciou que iria prolongar a avenida Faria Lima do largo da Batata até a avenida Pedroso de Morais e da avenida Cidade Jardim até a Luís Carlos Berrini. Na época, ele disse que a obra custaria US$ 92 milhões, mas o governo não gastaria nada. Os investidores comprariam Cpacs (Certificados de Potencial de Área Construída), títulos que permitem ao proprietário de um terreno construir além do que a lei de zoneamento autoriza. Era com o dinheiro do Cpac que a prefeitura bancaria a obra. Mas a Câmara não aprovou o projeto até agora.
Lei 10.688/88 — Por iniciativa do então prefeito Jânio Quadros, a Câmara aprovou a lei que vinculava o reajuste do funcionalismo ao crescimento das receitas da cidade. O volume de recursos gastos para pagar salários deveria ficar entre 47% e 58% das receitas da prefeitura. Este mês, Maluf conseguiu revogar a lei 10.688/88. Agora a prefeitura não pode gastar com salários mais que 40% da receita.
Seringas — O diretor-adjunto da ARS-7 (Administração Regional de Saúde 7, zona norte), Antônio Iervolino, assinou um ofício afirmando que os hospitais de sua região deveriam usar seringas de vidro porque havia falta de seringas descartáveis. Após a medida ter sido divulgada pela Folha, o prefeito demitiu o diretor.

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