São Paulo, domingo, 26 de fevereiro de 1995
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SBT vende 6 cotas da temporada da F-Indy

JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
DA REPORTAGEM LOCAL

O SBT vendeu as seis cotas de patrocínio colocadas à venda para a temporada 95 da Fórmula Indy. O valor de cada cota é de R$ 4,5 milhões.
A Brahma, que também comprou cota da Globo para a transmissão da Fórmula 1, foi a primeira a fechar acordo com a emissora. Na Indy, a Brahma vai trabalhar a marca Brahma Chop, enquanto que na F—1 será trabalhada a marca Skol.
Tostines, Alpargatas, Bombril/Orniex, Gessy Lever e Mitsubishi compraram as outras cinco cotas.
A Texaco comprou o top de cinco segundos, que entra no ar no início da transmissão, pagando cerca de R$ 800 mil.
O SBT confia que o investimento que está fazendo em esportes trará aumento de audiência. A emissora, além da transmissão exclusiva da temporada da Indy, está mostrando a Copa do Brasil. A transmissão dos primeiros jogos, segundo o DataIbope, duplicou sua audiência no horário das partidas na Grande São Paulo.
O SBT acredita que a participação de sete pilotos brasileiros atrairá mais telespectadores.
Para mostrar as corridas, o SBT assinou contrato em janeiro com a Fittipaldi International Marketing Ltda., empresa de Émerson que detém os direitos de transmissão para o Brasil.
A Rede Manchete, que mostrava as provas no ano passado, não aceitou que a empresa do piloto rescindisse contrato e entrou com medida cautelar na 27ª Vara Cível contra a Fittipaldi.
O advogado Afonso Colla, que defende a empresa de Émerson, afirmou que a questão não pode impedir que o SBT transmita as corridas. "A Manchete pode, no máximo, pedir uma indenização pelo prejuízo que acha que teve", disse Colla.
O juiz deu uma liminar para determinar uma caução (garantia) em nome da Manchete.
"Havia um contrato de sociedade entre a Fittipaldi e a Manchete, que não são instituições filantrópicas", disse Colla. "Como o pressuposto era lucro e a Fittipaldi estava descontente com os rumos da sociedade e com o resultado comercial, foi normal o encerramento do contrato", afirmou.
(João Carlos de Assumpção)

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