| São Paulo, domingo, 26 de fevereiro de 1995 |
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Grandes lábios; Budum; Marshall McLuhan; Melissinha Grandes lábios "Desde que você me comparou ao Mick Jagger em sua coluna do caderno "Cotidiano", minha vida ficou confusa. A saber: 1) Recebi proposta para interpretar "Satisfaction" para um selo pirata. 2) Chegaram quatro propostas de casamento, sendo duas de rapazes, uma de uma moçona e outra de um bissexual casado. 3) Veio convite para fazer show em uma churrascaria carioca, com filial no Paraguai. O que faço? Tiro minha meia de náilon resistente e me enforco? Mudo de país? Rasgo a certidão de nascimento e vou ser transformista? Help (com licença poética dos Beatles), pois estou para estrear um programa novo na TV!" Marília Gabi Gabriela, S.P. —Gabi, meu amor, Que você está para estrear um programa novo, o "Marília Gabi Gabriela", na CNT, todos, até os aborígenes já sabem. Acompanhe meu raciocínio: será que essas propostas todas não foram maquinadas pela produção do Jô Soares? Hein? Afinal, você é a primeira apresentadora de talk show que surge com classe e charme capazes de peitar o Gordo. Pense a respeito. Budum "Sempre fico na dúvida entre tomar banho pela manhã, antes do trabalho, ou à noite, antes de dormir. Afinal, o que é melhor: ir para a cama fedorenta ou ir trabalhar sem tomar banho e gastar desodorante? Estou desnorteada." "Marinalva CC", S.P. —Fedidona da Barbarica, Percebo que você não tem a menor idéia, mas existe um troço chamado bom senso. E o bom senso, no caso, pede que você tome banho antes, muito antes, de começar a exalar mau cheiro. Seja de manhã, à tarde ou na calada da noite. Esse negócio de economizar desodorante é um papo que não cola, nem mesmo entre internos do Carandiru. Marshall McLuhan "Sou baiano e moro na Europa. Mas, no Brasil ou aqui, sempre ouço brincadeiras sobre os hábitos baianos. Antes, não me importava, mas, ultimamente, com o Mercosul, constatei que os argentinos aprenderam rapidamente a malhar os baianos e até os ingleses e os italianos tornaram-se craques em piadas sobre a 'baianidad'. Depois de uma dose de uísque, então, eles sempre vem com aquela mãozinha maldosa querendo saber 'o que é que o baiano tem?' O que faço, mando a gringada pastar ou aceito numa boa, sob a justificativa de que o mundo está se tornando uma aldeia global?" Guilherme Melo do Nascimento, Londres, Inglaterra. —Meu Coquinho, Liga não. É dor-de-cotovelo desses frígidos. A propósito: sabia que na Bahia existem três velocidades? Devagar, devagar quase parando e Dorival Caymmi? Ou, como diz o pessoal do "Casseta & Planeta": "Na Bahia as pessoas são tão preguiçosas que até a comida já vem mastigada, vide o sarapatel". Um abraço arretado. Melissinha "Sou uma adolescente de 16 anos, normal em todos os aspectos, mas com um probleminha: tenho 1,50 m de altura. Você conhece alguma receitinha para crescer?" Melissa Sodré, S.P. —Sandalinha de Liliput, De fato, você tem um pequeno problema (ou será um problema pequeno?). Mas eu não esquentaria, não, pois você tem ainda alguns anos pela frente para espichar. Em todo caso, não custa consultar um endocrinologista, que fará uma análise do histórico de sua família. Caso você não descenda dos sete anões, ou seja, se sua família não for composta na maioria por baixinhos, com tratamento adequado, você encontrará solução para seu miniproblema. Próximo Texto: O trabalho rola solto nesta turma Índice |
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