São Paulo, domingo, 26 de fevereiro de 1995
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Serviços públicos auxiliam micro e pequenas empresas

ALINE SORDILI
DA REDAÇÃO

Vários serviços de auxílio a empresas funcionam por telefone e, na maioria dos casos, gratuitamente (ver quadro ao lado).
O Disque-Tecnologia da USP (Universidade de São Paulo) é um banco de dados de profissionais que prestam consultoria desde como melhorar a produção até o desenvolvimento de uma máquina.
O serviço já atendeu 6.500 consultas durante os três anos que está em funcionamento. Segundo Luiz Fernando Buffolo, 42, coordenador-executivo do serviço, a maior carência das micro e pequenas empresas é a informação tecnológica.
"Muitas vezes, os empresários nos procuram com o que acham ser um problema, mas na realidade a dificuldade está em outro ponto da operação", afirma.
O serviço, diz Buffolo, é ágil porque muitas consultas são iguais e não requerem nova pesquisa.
O número de consultas para transferência de informação básica chega a 70% do total. Os outros 30% ficam divididos em 20% para informações específicas e apenas 10% para consultas que exigem um projeto completo.
Quando um empresário precisa de uma máquina, por exemplo, o órgão verifica se o equipamento existe no mercado. Depois, se o produto existe, encaminha para entidades de classe. Caso a máquina não exista, a USP faz o projeto.
Para esse último caso, a universidade possui um convênio com o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), que subsidia parte das despesas (R$ 27,00 a hora).
"Mas as principais parcerias têm sido feitas com as empresas juniores da USP. Isso é bom para o cliente porque o projeto é supervisionado por um docente da universidade", afirma ele.
O Escritório de Transferência de Tecnologia para Empresas da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) possui 2.400 professores que prestam consultoria por telefone e pessoalmente.
Funcionando há quatro anos, o serviço atende pelo menos uma ligação por dia. Jorge Humberto Nicola, 52, diretor, diz que a maioria das consultas requer um projeto.
O Sipri (Sistema de Promoção de Investimentos e Transferência de Tecnologia para Empresas), do Ministério das Relações Exteriores, tem um banco de dados com empresas nacionais e estrangeiras interessadas em formar parcerias ou joint ventures, por exemplo.
Funcionando há dois anos, o serviço, que tem parte de seus recursos financiados pelo BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), faz até prospecção de mercados no exterior para empresas nacionais interessadas.
Fernando Augusto de Andrade Vieira Loureiro, 32, diretor do programa, esclarece que o "ministério não é um avalista das associações, só apresenta as partes interessadas".
O banco de dados do IBGE (Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) tem duas bases de pesquisa —Sidra-1 e Sidra-2, esta última ainda em teste— que são acionadas pelo sistema Renpac da Embratel.
Nessas bases é possível encontrar informações como contas nacionais, rendimentos e dados populacionais, segundo Ângelo Pavan, 48, superintendente do Centro de Documentação e Disseminação de Informações do instituto.

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