São Paulo, domingo, 26 de fevereiro de 1995
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Empresas de logotipos crescem com redes

ALINE SORDILI
EDITORA DO TUDO

Um trabalho artesanal tem ganhado força depois do plano econômico. Empresas que fabricam logotipos e painéis luminosos estão operando com capacidade plena para atender a demanda.
Segundo as empresas consultadas, os logotipos em néon, back-light (de lona vinílica) e acrílico, são feitos um a um e produzidos conforme os pedidos.
Na Publitas S/A Indústria de Painéis e Luminosos o número de pedidos cresceu 40% depois do Plano Real, segundo Valentim Sola, 67, dono da empresa que existe desde 1960.
Com 142 funcionários, a Publitas atende clientes de peso como McDonald's, Alphagraphics, Itaú, Sharp, Cassio, Noroeste, Renault e BMW.
A empresa, que fatura mensalmente cerca de R$ 700 mil, é fornecedora do Itaú "há mais de 20 anos". Para o McDonald's, a empresa fabrica logotipos desde que a primeira loja chegou a São Paulo.
"Hoje, já exportamos os logotipos da rede para o Uruguai e Argentina. Um de nossos produtos ficou exposto em uma feira em Las Vegas (EUA) —terra da rede."
Sola diz usar 350 transformadores e 2.500 m2 de tubos de néon. Para atender essa procura, ele precisou montar outro laboratório de tubos de néon —um para reposição e outro para tubos novos.
"O mercado está de vento em popa", diz Edson Teixeira Pedroso, 37, dono da Letratec Tecnologia em Letras e Luminosos Ltda., do Rio de Janeiro.
Segundo ele, 60% dos seus clientes são empresas franqueadas. Estão entre elas: Pizza Hut, Stella Barros Turismo e Honey Honey.
Pedroso emprega 20 pessoas e tem um faturamento de cerca de R$ 280 mil por ano.
Marina Lara de Moura, 53, sócia da Lara Industrial Letreiros e Placas para Luminosos Ltda., em funcionamento desde 1952 e atualmente com 15 funcionários, diz que a empresa está trabalhando "no limite".
"Em outros anos, nos meses de férias, nossa fábrica ficava praticamente parada", afirma ela.
A Lara Industrial, que trabalha para a Zoomp, Fisk, Hering e Pink and Blue, tem um faturamento que varia de R$ 15 mil a R$ 20 mil por mês e chega a produzir no mesmo período 20 letreiros.
O dono da Crilex-Criart Indústria e Comercio Ltda., Takao Natsumeda, 54, diz enfrentar o mesmo "problema" da Lara.
"No final de 1994, chegamos a recusar trabalhos." Segundo ele, não é possível ampliar a capacidade produtiva de sua fábrica.
A empresa, fundada em 1964, produz 400 m2 de letreiros por mês —trabalho dividido entre 50 funcionários.

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