São Paulo, segunda-feira, 27 de fevereiro de 1995 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Festa no Litoral Norte decepciona paulistas
ANDRÉ LOZANO
A principal "rota da paciência" fica entre as praias de Boiçucanga e Maresias. A aventura começa por volta das 22h30, em Boiçucanda. Neste horário, percorrer os 300 metros da principal rua da praia levava aproximadamente 40 minutos. "Se o Carnaval não está legal em Boiçucanga, partimos para a outra etapa da rota da paciência, a de Maresias", disse o estudante de biologia Roberto Nagib Júnior, 22. Lá, a procura pelo legítimo Carnaval passa, obrigatoriamente, por três bares: Shaolin, Sirena e Bar do Meio. "Nenhum deles está em clima total de Carnaval. Eu vim para cá procurando isso", disse a estudante Samanta Netto Rodrigues, 20, que afirmou, no sábado à noite, no Shaolin, que "jogaria uma pedra" no DJ da casa noturna se ele não parasse de tocar "dance music". O percurso entre os três bares não é feito em menos de uma hora e meia. "Metade do tempo que eu demorei na estrada, lotada, quando desci", afirmou Sheila Panigassi, 19. "Fazemos a 'via crusis' na expectativa de encontrar um Carnaval que não seja meia boca, do tipo mamãe eu quero mamar. Mas está difícil", disse o engenheiro Ricardo Yamamoto, 32. A monotonia do trânsito parado era quebrado por grupos de adolescentes que elegem um garoto da turma para ser enfiado pela janela de algum "harém-móvel" (carro cheio de mulheres) que esteja passando pelo local. Ou então, por jovens que se divertem desligando o motor do carro e o empurrando no trecho congestionado. Texto Anterior: Olinda une grupos de maracatu Próximo Texto: Santos assiste a uma chuva de camisinhas Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |