São Paulo, segunda-feira, 27 de fevereiro de 1995 |
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'Tomar todas' faz muito mal
JAIRO BOUER
Álcool em excesso pode fazer muito mal. Quem esta planejando "beber até cair" neste Carnaval deve ficar esperto. Nada contra beber nas festas. O segredo é moderar na dose para não correr nenhum tipo de risco. Ficar "alegrinho", sem sofrer as consequências de efeitos indesejáveis é possível. Isso pode ser obtido com algumas cervejas ou com poucas doses de destilados (pinga ou uísque). É importante lembrar que cada um tem uma tolerância diferente ao álcool. A dose que deixa alguém alegre, pode ser suficiente para "derrubar" outra pessoa. Os problemas começam quando os níveis de álcool no sangue sobem muito pelo excesso de bebida ingerida. As maiores vítima são o estômago e o sistema nervoso central (cérebro). O álcool é um potente irritante da mucosa (revestimento interno) do estômago. Quando a pessoa exagera na dose pode sentir náuseas, dores no estômago e chegar a vomitar. O álcool no cérebro torna os reflexos mais lentos, altera o equilíbrio, modifica o comportamento (agressividade) e pode levar à sonolência. Se os níveis ficam ainda mais altos, há risco de coma e até de parada respiratória —que pode levar à morte. Muita gente que dança sem parar nos bailes não se alimenta, não bebe líquidos e transpira muito. Pode haver hipoglicemia (falta de açúcar no sangue) e desidratação. Essas condições só agravam os efeitos do álcool. O álcool é uma droga. Quem resolve beber não deve usar qualquer outro tipo de droga. Há potencialização dos efeitos sobre o cérebro. Nada de lança, maconha, crack, cocaína ou ácido junto com álcool. Se você encontrar alguém que perdeu a consciência por causa do álcool, procure um pronto-socorro imediatamente. Só os médicos podem avaliar se há risco de vida. (Jairo Bouer) LEIA MAIS Sobre ressaca e álcool na sessão Saúde. Texto Anterior: Premiação nas competições é só uma dose extra Próximo Texto: Brasileiros que desenham para os EUA dão seminário na FAU-USP Índice |
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