São Paulo, terça-feira, 28 de fevereiro de 1995
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Pesquisador mostra renúncia à cidadania

DA REPORTAGEM LOCAL

Por que mecanismos de participação e gestão democrática de instituições públicas, como a escola, não funcionam ou são limitados? Qual a teoria que poderia explicar o fenômeno? José Marcelino de Rezende Pinto procurou responder a estas questões em sua tese de doutoramento na Unicamp.
Para discutir a questão, Pinto fez um estudo de caso, o do funcionamento de um conselho de uma escola estadual paulista. Nos conselhos, estão alunos, seus pais e funcionários. Deveriam ter funções deliberativas na vida escolar.
A partir da 'Teoria da Ação Comunicativa' do filósofo alemão Habermas, ele procurou construir um modelo analítico para estudar o caso do conselho de escola.
No caso do conselho de escola, Pinto observa que ou os indivíduos se omitem.
O professor passa a cumprir as metas que a burocracia estatal da educação estabelece, sem se preocupar se há aprendizado. O aluno realiza os rituais de assistir às aulas e fazer provas, sem questionar o significado dos conteúdos apresentados. Os pais, assoberbados pelo trabalho, dedicam pouco tempo a cobrar do Estado a educação dos filhos —renunciam à cidadania.

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