São Paulo, terça-feira, 28 de fevereiro de 1995 |
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Viúva só sobrevive com ajuda
MARCELO GODOY
Cleonice Bezerra de Souza Tilly, 32, também é viúva de um soldado da PM, mas recebe R$ 500 por mês. Seu marido, José Carlos Tilly, 27, foi provido a cabo depois de morto. A diferença entre elas é que o marido de Cleonice não fazia "bico" quando morreu —por isso, ela recebe 100% da pensão. Sônia recebe 75% da pensão e seu marido não recebeu promoção. O soldado Vanderlei Barsanufio Silva Pereira, 30, morreu no táxi que havia comprado três meses antes do crime. Pereira saiu com o táxi na noite do dia 7 de dezembro de 91 e, na primeira corrida, pegou quatro passageiros. Ao terminá-la, em São Mateus (zona leste de São Paulo), pegou a tabela. Enquanto dois passageiros retiravam dinheiro da carteira, um terceiro sacou um revólver e disparou um tiro na cabeça do PM. Desde então, Sônia sustenta os dois filhos do casal. "Quando o carro da PM chegou em casa eu percebi o que havia acontecido." Sônia mora na Cidade Tiradentes (zona leste). Após a morte do marido, os ladrões foram presos, mas já estão soltos. "Vejo eles nas ruas e não posso fazer nada". Seu filho mais novo, Thiago, 8, quer ser PM. Sônia continua viúva e diz que não se casaria de novo com um policial. Cleonice soube da morte do marido logo depois de ele sair para comprar pizza para as três filhas em 8 de dezembro de 91. Na pizzaria, desconfiou de um homem. Houve tiroteio. Tilly matou o homem e foi morto. "Esperava isso acontecer toda vez que ele ia trabalhar." (MG) Texto Anterior: 'Bico' faz crescer morte de PMs Próximo Texto: Polícia mata mais em janeiro Índice |
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