São Paulo, terça-feira, 28 de fevereiro de 1995 |
 |
|
Texto Anterior |
Índice
McClellan se recupera, mas o seu estado ainda é grave
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS O boxeador Gerald McClellan, 27, continua em estado grave após sofrer uma cirurgia no cérebro para a extração de um coágulo sanguíneo provocado por golpes que recebeu na luta de sábado contra o inglês Nigel Benn, em Londres.Benn venceu o combate por nocaute no 10º round e manteve o cinturão dos pesos-supermédios (até 76,204 quilos), versão Conselho Mundial de Boxe. Foi a sétima defesa de título do pugilista inglês. McClellan ficou de joelhos e esperou toda a contagem (até dez) do juiz do combate. Em seguida seguiu para o canto do ringue e desmaiou. Foi atendido por quatro médicos e um anestesista da Junta Britânica de Boxe ainda no ringue. Em seguida, foi levado para o Royal London Hospital. Segundo o médico John Sutcliffe, que operou McClellan, o atendimento imediato feito no ringue "salvou a vida do lutador". "Mais 30 minutos para chegar ao Hospital e McClellan poderia ter morrido", afirmou Sutcliffe. Assistindo ao combate, sentado numa cadeira de rodas e semiparalítico, Michael Watson relembrou seu combate em setembro de 91 contra seu compatriota Cris Eubank, também pelo título dos supermédios. Watson também foi nocauteado, sofreu várias cirurgias no cérebro e nunca voltou a lutar. Após a luta, Benn disse que está disposto a abandonar a carreira, caso McClellan morra. "Meus pensamentos estão com Gerald e sua família. Rezo para que ele consiga se recuperar totalmente", disse o lutador, que por pouco não perdeu a luta, logo no primeiro assalto, após sofrer um knockdown. Nos Estados Unidos, a noiva de McClellan (Ângela), a mãe e a tia assistiram a luta pela televisão e viram com desespero o lutador desmaiar no ringue, após sofrer o nocaute. Texto Anterior: Venâncio vai disputar o cinturão dos pesos-médios Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |