São Paulo, quarta-feira, 1 de março de 1995
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Workaholics levam escritório nas costas

GISELE RIBEIRO
DA REPORTAGEM LOCAL

Engana-se quem ainda acredita ma máxima "O cachorro é o melhor amigo do homem". Em plena era da informação, os cães perderam o lugar para os notebooks.
Os micro portáteis são companheiros diletos de workaholics, que têm nas maquininhas o escritório na ponta dos dedos. Poetas, escritores, cineastas, publicitários, músicos, esportistas e —claro— executivos não largam o equipamento nem por brincadeira.
Os motivos para a opção: os micros portáteis estão mais baratos, mais leves (alguns têm menos de 2 kg), oferecem recursos equivalentes aos dos micros de mesa de alta performance e há variedade de modelos à disposição no mercado (veja abaixo algumas opções).
Em abril de 93, por exemplo, um micro portátil da Acer, 386S, tela mono, com 2 Mbytes de RAM, 60 Mbytes de disco e apenas com o DOS instalado, custava o equivalente a R$ 2.900, em valores atualizados.
Hoje, o modelo mais simples do mesmo fabricante, um AcerNote 730i, vem com recursos muito mais poderosos: processador 486SX de 33 MHz, 4 Mbytes de RAM, 250 Mbytes de disco, DOS e "Windows" instalados. Chega ao usuário final, com todos os impostos incluídos, por R$ 2.925,00.

Programas
Com mais velocidade e disco rígido de mais capacidade, os portáteis podem trabalhar com programas que oferecem mais recursos para os usuários.
Junte-se a isso o fato de que os fabricantes, na disputa pela liderança, estão cada vez mais preocupados em entregar o equipamento pronto para o uso.
Tudo fica mais fácil. Basta ligar o notebook e já estão disponíveis, no mínimo, programas para agenda, envio e recebimento de fax e comunicação em rede.
No final da década de 80, quando surgiram os primeiros micros portáteis no país, o uso era limitado apenas a executivos de alto poder aquisitivo que, em constantes viagens, precisavam ter à mão as informações de seus escritórios.
Quase uma década depois, o notebook ganha os gramados e as quadras. O técnico da seleção brasileira de vôlei masculino, o campeão olímpico José Roberto Guimarães, é um dos que não dispensam o acompanhamento eletrônico das partidas.
Em outras áreas, dependendo do programa e dos recursos do micro (já há notebooks multimídia), é possível escrever partituras, projetar edifícios e, para os saudosistas, até ouvir os latidos de um cão.

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