São Paulo, quarta-feira, 1 de março de 1995
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Reunião no Uruguai busca fim do conflito

WILLIAM FRANÇA
DO ENVIADO ESPECIAL A MONTEVIDÉU

A cerimônia de posse do novo presidente do Uruguai, Julio María Sanguinetti, pode servir para que o Peru e o Equador cheguem a um acordo definitivo que encerre as denúncias de violação do cessar-fogo entre os dois países, que disputam uma área de fronteira.
O presidente do Equador, Sixto Durán-Ballén, está em Montevidéu desde a madrugada de ontem. O presidente do Peru, Alberto Fujimori, tinha chegada prevista para as 18h de ontem.
Os dois se encontrariam num jantar oferecido pelo Uruguai, do qual também participaria o presidente Fernando Henrique Cardoso.
Em Montevidéu, havia a expectativa de uma reunião hoje entre Durán-Ballén e Fujimori, acompanhados pelos outros presidentes.
Esta possibilidade estava sendo estudada numa reunião entre os chanceleres dos países garantes e dos países em conflito.
O encontro estava previsto para acontecer na noite de ontem na sede da chancelaria brasileira (o Brasil é o país-sede do acordo).
Os diplomatas classificaram a reunião como uma oportunidade crucial para o estabelecimento final do acordo de paz.
Há previsão também de encontros de Fernando Henrique Cardoso com os presidentes de Peru e Equador na manhã de hoje.
Caso persista a disputa, cogita-se intervenção da Organização dos Estados Americanos.
Além de FHC, estarão no Uruguai os presidente da Argentina, Carlos Menem, e do Chile, Eduardo Frei. Os três, junto com os EUA, são os avalistas do acordo de paz entre o Peru e Equador.
Anteontem, uma falha mecânica fez um helicóptero peruano cair, causando a morte de uma pessoa, segunto fontes peruanas.
Chegaram à fronteira os diplomatas dos países garantes que trabalham em Quito e Lima. Eles ficam até 8 de março —data prevista para chegada da missão defintiva— para garantir a trégua.
Os dois países voltaram ontem a trocar acusações mútuas de violações do cessar-fogo.
O Equador anunciou ter repelido outro ataque de patrulhas do Peru. O comando militar peruano afirmou ter identificado infiltrações de tropas do Equador em seu território.

Com agências internacionais.

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