São Paulo, quarta-feira, 1 de março de 1995
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Pirataria financeira; Crime do avental branco; Aposentado até fuma; O Dragão do Nhenhenhém; Determinismo; A obra de Maluf; Fundos de pensão; Zumbi; Dorothéa ri; O irresponsável prazer de dirigir; Omissão consciente; Banco do Brasil; País perverso

Pirataria financeira
"Brilhante —intocável— o artigo de Janio de Freitas do dia 16/02 ('Questão de vergonha'), confirmando sua conduta, mais uma vez, de homem correto e inteligente quando demonstra a verdadeira pirataria que se pratica no sistema financeiro brasileiro."
Alexandre do Nascimento da Silva (Fernandópolis, SP)

"Outra vez Janio de Freitas merece elogios dos assinantes da Folha pelo seu artigo de 16/02, no qual comenta com a necessária ênfase a manutenção de privilégios inadmissíveis concedidos aos banqueiros via ciranda financeira, imoralidade que não devia perdurar em um governo que se candidata a promover o país ao Primeiro Mundo."
Jésus Rubens Soares (Campinas, SP)

Crime do avental branco
"Quero parabenizar Gilberto Dimenstein pela sua coluna do dia 19/02 sobre o 'Crime do avental branco' e acrescentar algumas coisas. Acho que o ministro da Saúde, Adib Jatene, juntamente com os demais membros do governo FHC, deve reformular imediatamente o Sistema Único da Saúde, que já está completamente falido. Ele não deve permitir ou deixar de permitir que os médicos cobrem por fora os seus tratamentos, mas sim melhorar as suas condições de trabalho."
Cesar Augusto R. dos Santos (São Paulo, SP)

"O jornalista Gilberto Dimenstein, em seu artigo 'Crime do avental branco', de 19/02, mais uma vez me decepciona quando opina sobre saúde pública. Finalmente a Folha divulga que R$ 2,00 é o preço de uma consulta médica paga pelo SUS, que se transforma em R$ 1,20 após descontos, sem contar atrasos de mais de 60 dias para recebermos pelo serviço prestado, além do risco de glosas se erramos um código ou não prenchemos todos os espaços de uma ficha de consulta. Condeno a prática de se cobrar de doentes internados em enfermarias. Se o médico e/ou hospital não aceitam a regra do contrato, devem cancelá-lo. O SUS é igual para todos."
Eduardo Cesário Pereira (Piraquara, PR)

Aposentado até fuma
"Por que um jornalista não faz uma pergunta bem sentimental-debochativa contra a frieza do ministro da Previdência? Algo como: O sr. não tem pena de aposentado? O sr. está querendo matar o aposentado? O sr. tem raiva de aposentado que só trabalhou em empresa privada? O sr. não tem coração, já imaginou que aposentado também come, também ama, também bebe, vai ao cinema e até fuma?"
Pedro M. Ferreira (Rio de Janeiro, RJ)

O Dragão do Nhenhenhém
"Continuando a sua cruzada pró-Fernando Henrique Cardoso, Arnaldo Jabor cria um novo inimigo: o temível monstro Nhenhenhém, fruto da união das 'sinecuras ideológicas e fisiológicas, voz da burrice nacional'. O herói jaboriano luta sozinho (coitado!) contra uma esquerda retrógrada, uma direita fisiológica e um bando de jornalistas que cometem a heresia de saber o que o fabuloso sociólogo-presidente faria com R$ 70,00..."
Clayton Ricardo Santos (Belo Horizonte, MG)

Determinismo
"Durante congresso realizado em Atlanta, de acordo com as informações da Folha de 21/02, o geógrafo Stephen Jeet, da Universidade da Califórnia, apresentou sua hipótese de que as civilizações pré-colombianas teriam evoluído 'aos saltos', e não de maneira lenta e gradual. Sua base teórica seria a idéia do equilíbrio pontuado, desenvolvida em 1972 por Jay Gould, biólogo que se utilizou dessa teoria para esmiuçar o princípio da evolução das espécies. Nada contra sua teoria. Nem contra o mérito das idéias de Jeet em si. No entanto, o que não podemos mais aceitar é a pura aplicação de princípios físicos ou biológicos ao universo cultural dos diferentes povos. Tal determinismo acaba por resultar em tentativas de justificações científicas, não para a diferença, mas para a desigualdade, sendo inevitáveis as categorizações etnocêntricas, por exemplo, de superioridade e inferioridade."
Edson Martins Júnior, antropólogo (São Paulo, SP)

A obra de Maluf
"A Folha mostrou o labirinto financeiro em que está metido o governo Covas, sendo que tudo começou pela irresponsabilidade do Fleury, sempre poupado pela imprensa. A história vai se repetir em relação à Prefeitura de São Paulo. Exceto Ricardo Semler (parabéns pela franqueza), ninguém da imprensa se manifesta contra o que Maluf comete contra São Paulo."
Sérgio Gersósimo (São Paulo, SP)

Fundos de pensão
"Excelente e oportuno o artigo do sr. José Valdir Ribeiro dos Reis ('O lado esquecido dos fundos de pensão'), em Opinião Econômica de 15/02. Ao contrário do INSS, não se tem notícia de nenhum fundo de pensão em situação econômico-financeira debilitada."
Jayme de Oliveira Bechtlufft (Pará de Minas, MG)

Zumbi
"Excelente o artigo sobre Zumbi publicado pela Revista da Folha de 12/02, na coluna 'Black'. Iniciativas como essa são necessárias e devem ocorrer mais frequentemente."
Márcio Barbosa (São Paulo, SP)

Dorothéa ri
"Incapaz de combater os agiotas do ágio dos carros populares, o governo alia-se a estes criminosos na partilha da extorsão aos consumidores. Enquanto enraivecemos, Dorothéa ri."
Francisco Bóer (Americana, SP)

O irresponsável prazer de dirigir
"Estão tentando conscientizar os jovens com relação a rachas, e de repente vem a Volkswagen com uma propaganda na TV que incentiva de uma maneira nem um pouco criativa e absurda rachas, cavalos-de-pau etc. E se não bastasse a ignorância das imagens, ainda por fim diz que o importante é sentir prazer em dirigir..."
Simone Andrea Martins Caldeira (Fernandópolis, SP)

Omissão consciente
"Governadores inescrupulosos levaram seus bancos comerciais ao caos financeiro. Tal situação, contudo, não chegaria ao estado de deterioração a que chegou não fosse pela omissão consciente do Banco Central."
Celso Sanches (São Paulo, SP)

Banco do Brasil
"Sou funcionário aposentado do Banco do Brasil e estou estarrecido com as declarações do sr. PC Ximenes. Em vez de atitudes sérias na direção de tornar o BB mais eficiente, ele declara que poderá fechar agências que têm apenas função social. Realçou ainda a necessidade de demitir funcionários concursados e substituí-los por estagiários, 'jovens de muita garra'. O atendimento do banco piorou muito justamente pelo despreparo desses 'jovens de muita garra'."
Francisco M. Santos (Rio de Janeiro, RJ)

País perverso
"Figurões flanando com o dinheiro público, crianças perambulando sem a ajuda: que país perverso é este!"
Fernando Alberto Leite Stodieck (Florianópolis, SC)

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