São Paulo, quinta-feira, 2 de março de 1995 |
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Liga vai administrar desfile em 95
PAULO GRAMADO
Só de bilheteria foram arrecadados US$ 11 milhões, segundo o prefeito. "Antes mesmo de começar, o Carnaval já tinha dado este lucro, que agora é bem maior", vibra o prefeito. O lucro foi obtido através de novas formas de merchandising, da locação de novas áreas do Sambódromo, do aumento do preço dos ingressos e da maior presença de turistas na cidade, afirmou César Maia. "Desde que foi criado o Sambódromo, o déficit do Carnaval girava em torno de US$ 2 milhões. Até 92, tinha encalhe de 20% dos camarotes e ingressos eram dados. Só no ano passado comercializamos melhor o negócio e obtivemos um equilíbrio", disse. O prefeito afirma que o desfile do próximo ano será administrado novamente pela Liga Independente das Escolas de Samba, sendo mantida a "privatização" do Carnaval. Este foi o primeiro ano em que a organização do desfile foi feita pela Liga, que reúne as 18 escolas do Grupo Especial. Até o ano passado, era organizado pela Riotur, empresa municipal de turismo. Segundo ele, as escolas deverão "ter maiores responsabilidades em relação aos próximos desfiles". Apenas a segurança da pista —um dos maiores problemas neste ano— será retomada pela prefeitura. "Sambista não consegue reprimir sambista", disse César Maia. O presidente da Liga Independente das Escolas de Samba, Paulo de Almeida, definiu o desfile deste ano no Rio como "o maior sucesso de todos os tempos". Texto Anterior: Daniela Mercury é vetada no Sambódromo Próximo Texto: 5.000 foliões seguem o Bacalhau do Batata na Quarta-Feira de Cinzas Índice |
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