São Paulo, quinta-feira, 2 de março de 1995 |
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Calote de empresa argentina causa tensão
RODNEY VERGILI
A notícia teve efeito imediato nos títulos da dívida externa brasileira e nos papéis (ADRs) de companhias brasileiras no exterior. No mercado internacional, os investidores acreditam que o que acontece com a Argentina e o México deverá ocorrer com o Brasil. As cotações dos títulos da dívida externa brasileira (C-Bonds) recuaram de 41 centavos de dólar no dia anterior para 40 centavos de dólar ontem. Há elevada concentração de eurobônus de empresas brasileiras que vencem este mês. Existe o temor de dificuldades de renovação desses papéis por parte das companhias brasileiras, por causa dos problemas já apresentados por firmas mexicanas e argentinas no mercado internacional. Houve uma redução no volume de operações no mercado financeiro ontem. Havia ainda investidores que "descansavam" do Carnaval. As Bolsas de Valores e de futuros não funcionaram. Os juros praticados no over ficaram dentro do previsto: 4,13% ao mês, projetando uma rentabilidade acumulada de 3,21% no mês. A taxa de abertura do over ontem já havia sido sinalizada pelo Banco Central na semana passada. A liquidação do Banco São Jorge ontem não tumultuou o mercado financeiro, pois já era aguardada desde a semana passada. As taxas dos Certificados de Depósito Bancário foram em média menores do que a equivalência da última sexta-feira. Este mês possui 23 dias úteis contra 18 em fevereiro. No mercado cambial, o Banco Central não interveio. Persiste ainda a intranquilidade causada no mercado internacional pela quebra do banco inglês Barings e as notícias desfavoráveis da Argentina e do México. JUROS Curto prazo Os cinco maiores fundões renderam, em média, 0,134%. Segundo a Andima, a taxa do over ficou, em média, em 4,13% ao mês, projetando rentabilidade de 3,21% no mês. No mercado de Certificados de Depósito Interbancário (CDIs), as taxas de juros ficaram, em média, a 4,23% ao mês, projetando rendimento de 3,29% no mês. As cadernetas que vencem hoje rendem 2,3113%. CDBs prefixados de 30 dias negociados ontem: de 27,0% a 45,5% ao ano. CDBs pós-fixados de 153 dias: 14,0% a 14,8% ao ano mais a variação da TR. Empréstimos Empréstimos por um dia ("hot money") contratados ontem: a taxa média foi de 5,15% ao mês. Para 30 dias (capital de giro): de 79% a 109% brutos ao ano. No exterior Prime rate: 9%. Libor: 6,38%. AÇÕES Bolsas As Bolsas não funcionaram. Bolsas no exterior Nova York: o índice Dow Jones fechou a 3.994,80 pontos. Londres: o índice Financial Times encerrou a 2.312,60 pontos. Em Tóquio, o índice Nikkei fechou a 16.618,71 pontos. DÓLAR E OURO Dólar comercial (exportações e importações): R$ 0,849 (compra) e R$ 0,851 (venda). Na última sexta-feira, segundo o Banco Central, o dólar comercial fechou a R$ 0,8495 (compra) e R$ 0,8515 (venda). "Black": R$ 0,835 (compra) e R$ 0,845 (venda). "Black" cabo: R$ 0,845 (compra) e R$ 0,850 (venda). Dólar-turismo: R$ 0,825 (compra) e R$ 0,850 (venda), segundo o Banco do Brasil. Ouro: a Bolsa de Mercadorias & Futuros não funcionou ontem. No exterior Segundo a "UPI", em Londres a libra fechou cotada a US$ 1,5797, contra US$ 1,5807 no dia anterior. Em Frankfurt o dólar foi cotado a 1,4643 marco alemão, contra 1,4620 no dia anterior. Em Tóquio, o dólar fechou cotado a 96,51 ienes, contra 96,93 ienes no dia anterior. Em Nova York a onça-troy (31,104 gramas) do ouro fechou a US$ 376,10. FUTUROS A Bolsa de Mercadorias & Futuros não funcionou. Texto Anterior: Hotéis e restaurantes Próximo Texto: Veja como recuperar a correção do FGTS Índice |
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