São Paulo, quinta-feira, 2 de março de 1995
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CDBs não foram renovados

DA REDAÇÃO

Tupy Caldas de Moura, presidente do Banco São Jorge e ex-diretor de fiscalização do Banco Central, diz que o banco liquidado ontem foi atropelado por notícias de que devia para o Banespa.
"Os clientes passaram a não renovar os CDBs que venciam", diz. O BC também não aceitou as garantias, argumentando que seria uma fraude contra os credores.
Segundo Moura, o banco pagará seus credores porque tem a receber US$ 15 milhões em empréstimos e outros direitos e deve US$ 10 milhões, sendo US$ 8 milhões ao Banco Central, US$ 1,8 milhão em aplicadores em seus CDBs e o restante em depósitos à vista.
Segundo ele, os clientes da instituição eram basicamente executivos e empresas.
A assessoria de imprensa do Banespa informa que o Banco São Jorge nada deve para a instituição. O grupo do Moinho São Jorge é que deve US$ 40 milhões.
O grupo foi chamado a negociar as dívidas com o Banespa dia 9 de janeiro, logo após a intervenção do BC no banco estadual.
Como não houve acordo, o Banespa entrou na Justiça. O Banespa deverá recuperar o dinheiro com a execução das garantias (50% em imóveis e o restante em aval dos proprietários do grupo São Jorge: a família Chammas).

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