São Paulo, quinta-feira, 2 de março de 1995 |
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Mostra faz panorama da produção italiana
CELSO FIORAVANTE
Curador: Luciano Deviá Abertura: segunda-feira, dia 6 de março, às 19h30 Local: Centro Cultural São Paulo (r. Vergueiro, 1.000, tel. 011/277-3611) Quando: de 7 de março a 5 de abril (terça a domingo), das 10h às 22h Entrada: grátis Realização: Consulado Italiano e Secretaria Municipal de Cultura Proporcionar o mais amplo panorama do design italiano já apresentado no país através da produção das mais importantes empresas do ramo, nas mais diversas áreas, é a proposta da mostra "Design: Uma Realidade Italiana", que o Centro Cultural São Paulo inaugura na próxima segunda para convidados. Eclética, reúne ao todo 28 empresas, de produtoras de utensílios de cozinha a indústrias de bicicletas, passando por indústrias de iluminação, equipamentos esportivos e móveis. "Foram privilegiados produtos de empresas que se preocupavam mais com o projeto, com a qualidade do design, e as empresas foram selecionadas em função de sua importância histórica na área em que atuavam. Uma opção por temáticas me obrigaria a eliminar muitas coisas, mas com esta mostra é possível ver que o design está cobrindo todas as áreas", explica o curador Luciano Deviá. A Alessi, por exemplo, a primeira do catálogo, comparece com alguns clássicos da cozinha italiana e mundial, como os espremedores de fruta de Philippe Stark, a cafeteira La Conica de Aldo Rossi (veja foto abaixo e à esquerda) e o conjunto de sal e pimenta Lilliput de Stefano Giavannoni. As peças da Alessi encerram ainda características que colocam em discussão o conceito da nacionalidade do design. Enquanto a cafeteira de Aldo Rossi conserva claras características culturais e arquitetônicas italianas, qual a nacionalidade de uma peça produzida na Itália pelo designer francês Philippe Stark, por exemplo? "As peças são italianas pois são todas feitas na Itália e refletem exigências específicas daquela sociedade. A Itália tem uma quantidade enorme de pequenas indústrias superqualificadas e muito flexíveis que permitem aos designers novos experimentos. Foi esta característica que permitiu na Itália, mais do que na Inglaterra ou na Alemanha, o desenvolvimento do design." "Antes da Driade, nenhuma empresa queria produzir as peças de Philippe Stark. O fato de terem sido feitas por empresas italianas já é um fator de diferença em relação às culturas de outros países. O convite de Alessandro Mendini para que Aldo Rossi realizasse uma cafeteira com características arquitetônicas é um caso excepcional. Suas cadeiras, por exemplo, não transmitem características tão fortes", disse Deviá. Palestras Aém das centenas de objetos, a mostra "Design: Uma Realidade Italiana" contará ainda com duas palestras, com os designers italianos Franco Mantegazza, no dia 8, e Giuseppe Raimondi e Luciano Deviá, no dia 9. Outros segmentos O design é apenas um dos segmentos presentes no evento "Brasil Itália 95 - A Presença Italiana no Brasil", que contará ainda com manifestações nas áreas de cinema, teatro, vídeo, moda, gastronomia, artes plásticas, música e vídeo. Todos os eventos acontecem no mesmo CCSP, entre 7 de março e 5 de abril. Texto Anterior: Musical faz homenagem a Leiber e Stoller Próximo Texto: Bart de Baere defende proposta multicultural Índice |
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