São Paulo, quinta-feira, 2 de março de 1995
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Lévi-Strauss retratou índios da região

LUCIANA VEIT
DA ENVIADA ESPECIAL AO PANTANAL

O francês Claude Lévi-Strauss, que transformou de modo radical o estudo das ciências sociais, nasceu em Bruxelas, na Bélgica.
Em 1935, aos 37 anos, Lévi-Strauss veio ao Brasil para lecionar sociologia na Universidade de São Paulo.
Formado em filosofia na França, foi no Brasil —onde empreendeu viagens pelo Mato Grosso e Amazônia— que se interessou pela etnologia.
Em uma das férias de final de ano, explorou a região dos índios kadiwéus e bororos, no Mato Grosso, recolhendo material etnográfico para o Museu do Homem, em Paris.
No livro clássico "Tristes Trópicos"(1955), Lévi-Strauss narra o período em que esteve no Brasil.
Algumas experiências contidas em "Tristes Trópicos" ainda podem ser compartilhadas. Quem visita a região hoje topa com mosquitos, calor úmido, vocabulário marcadamente regional, bebe o tereré (chimarrão frio) e come muita carne seca.
Mas são os índios kadiwéus, da reserva da serra da Bodoquena, o elo principal que liga a viagem de Lévi-Strauss aos nossos dias.
As fotos tiradas pelo professor francês na época retratam os kadiwéus, suas delicadas pinturas faciais e estão agora publicadas no livro "Saudades do Brasil", da Companhia das Letras.

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