São Paulo, sexta-feira, 3 de março de 1995
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Peru denuncia combates na área de fronteira; Equador nega ataque

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Militares peruanos informaram que prosseguiam combates entre suas tropas e soldados equatorianos na fronteira. Dois soldados peruanos teriam morrido anteontem.
Segundo o ministro da Defesa do Equador, José Gallardo, as baixas peruanas são de terça-feira, antes da assinatura da Declaração de Montevidéu. Para Gallardo, depois disso não houve combates.
Peru e Equador assinaram uma trégua em Brasília, em 17 de fevereiro. Na terça-feira, reiteraram o compromisso em Montevidéu.
Em Santiago, o governo do Chile recusou-se a comentar declarações feitas em Montevidéu pelo presidente peruano, Alberto Fujimori, que causaram indignação nos meios políticos chilenos.
O Peru é hoje um dos países mais bem armados da América Latina porque durante alguns anos se pensava que faríamos guerra ao Chile, teria dito Fujimori a uma emissora de TV uruguaia.
O presidente do Equador, Sixto Durán-Ballén, voltou do Uruguai a Quito, onde receberia o enviado do papa João Paulo 2º. O cardeal Carlo Furno já esteve em Lima, onde se encontrou com Fujimori.
Durante escala em Santa Cruz de la Sierra (Bolívia), ele ironizou a guerra de palavras travada pelos dois países quanto a quem controla a base fronteiriça de Tiwinza.
Fujimori tem tanto desejo de ir a Tiwinza que eu o convidarei, em qualquer fim-de-semana que ele possa, a comermos juntos um ceviche no Tiwinza Hilton, disse.
Ceviche é um prato típico dos dois países: peixe cru, temperado com limão e alho.

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