São Paulo, sábado, 4 de março de 1995
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Polícia apura relação entre furto e concorrência

DA SUCURSAL DO RIO

A polícia do Rio vai ouvir na segunda-feira os funcionários da empresa francesa Thomson CSF para apurar se há relação entre o furto no escritório da empresa e a denúncia de fraude na concorrência para instalação do Sivam (Sistema de Vigilância da Amazônia).
No fim-de-semana dos dias 18 e 19, o escritório da Thomson foi arrombado, e o cofre foi aberto.
O contador da empresa registrou na polícia o desaparecimento de uma caixa que estava no cofre, mas não detalhou o que havia dentro.
A Thomson disputou e perdeu para a norte-americana Raytheon a venda, ao governo brasileiro, de equipamentos eletrônicos de telecomunicação que serão usados na Amazônia.
O caso ganhou dimensão internacional na semana passada, quando a França pediu a expulsão de cinco pessoas que seriam agentes da CIA (Agência Central de Inteligência).
A CIA denunciou, então, que a Thomson tentou subornar funcionários públicos brasileiros para vencer a concorrência. A SAE (Secretaria de Assuntos Estratégicos) rebateu a denúncia e acusou a CIA de autopromoção.
O escritório da Thomson no Rio fica no 25º andar de um prédio na avenida Presidente Wilson, no centro. O assalto aconteceu no fim-de-semana retrasado. Um escritório no 27º andar também foi arrombado.
O contador da Thomson, Nélson Monteiro da Rocha, foi avisado do furto na segunda-feira, dia 20, pela faxineira que chegou para limpar o escritório e viu o cofre arrombado. A Thomson deu uma semana de recesso coletivo aos funcionários. O escritório está fechado. O diretor da empresa, Daniel Henner, disse que não há relação entre o furto e a concorrência. Ele não quis revelar o que foi levado do escritório.

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