São Paulo, sábado, 4 de março de 1995 |
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Preso, Leeson espera processo de extradição Pena em Cingapura é de 7 anos de cadeia ROGÉRIO SIMÕES
Leeson poderá ficar até quatro meses na prisão de Hoechst, na cidade alemã, até que uma decisão sobre sua extradição para Cingapura seja tomada. Ontem, três representantes do governo de Cingapura, onde Leeson trabalhava para o Barings, entregaram vários documentos à promotoria de Frankfurt como base para o processo de extradição. Leeson é acusado de falsificar um documento que provava a existência de um depósito de uma empresa norte-americana no valor de US$ 85 milhões. Os enviados do governo de Cingapura negaram informações divulgadas no Reino Unido de que Leeson poderia ser condenado a 30 anos. Segundo eles, o operador britânico enfrentaria no país uma pena máxima de sete anos. O jornal inglês "Financial Times" informou ontem que o Barings havia sido avisado em agosto do ano passado, por meio de uma auditoria interna, que as operações de Leeson em Cingapura poderiam representar perigo para o banco. O ministro das Finanças britânico, Kenneth Clarke, disse que a comissão, liderada pelo banco central, que investiga a falência do Barings, vai examinar a denúncia. O Serious Fraud Office, órgão britânico que trata das grandes denúncias de fraude, anunciou ontem o início de uma investigação sobre a falência do Barings e as atividades de Nick Leeson. O advogado do operador, Eberhard Kempf, disse que seu cliente tinha a intenção de ir direto para Londres, quando deixou o Oriente. "Ele queria voar para Londres, mas os vôos estavam lotados. Então ele pegou o avião para Frankfurt", afirmou. "Ele não considera esta decisão um erro." Segundo Kempf, Leeson deixou claro que não quer voltar para Cingapura. "O sistema legal do país não é tão familiar", afirmou Kempf. O advogado alemão disse que seu cliente tem "informações que podem causar danos a outras pessoas do Barings". Texto Anterior: Zedilho pode baixar novo pacote Próximo Texto: Bancos podem socorrer Alto Paraná Índice |
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