São Paulo, sábado, 4 de março de 1995
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Costureira passa 18 meses sem colocação

BEL PEDROSA
DA REPORTAGEM LOCAL

Para a costureira Joelma Rios, 26, a aflição de passar um ano e meio sem emprego acabou às vésperas do Plano Real, em junho do ano passado.
Mãe de uma menina de sete anos, desde dezembro de 92 Rios percorria São Paulo à busca de uma vaga compatível com suas qualificações —costureira industrial e vendedora.
Em abril de 94, a reportagem da Folha acompanhou durante uma semana a desempregada por São Paulo. Sem registro em carteira, ela não conseguia provar experiência e estava disposta a aceitar qualquer serviço.
Acabou contratada como atendente de uma lanchonete no Itaim Paulista, zona leste de São Paulo. Continua sem registro, mas o salário de R$ 250,00 garante o aluguel de um cômodo por R$ 50 mensais no mesmo bairro, onde vive com a filha Nadja.
Após o Plano Real, comprou, à vista, um fogão. Planeja comprar no crediário a geladeira, uma mesa e um armário.
O maior orgulho de Rios é ter aberto uma caderneta de poupança.

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