São Paulo, quarta-feira, de dezembro de
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Cai o número de focos de aftosa em SP

DA REPORTAGEM LOCAL

O número de focos de febre aftosa registrados em São Paulo caiu de 73 no período janeiro e fevereiro de 94 para apenas sete no mesmo período deste ano.
Em 94, a Secretaria Estadual da Agricultura e Abastecimento contabilizou um total de 170 focos, contra 196 do ano anterior. Em 92, foram 225.
Entre outubro e dezembro do ano passado, nenhum caso foi registrado.
Estes números serão apresentados aos técnicos da União Européia que chegam ao Brasil, no próximo dia 20, para definir a continuidade ou não da exportação da carne paulista para a Europa.
"Com estes resultados, não há por que São Paulo ser eliminado da pauta de exportação da União Européia", diz Francisco Martins, diretor do departamento de defesa agropecuária da Secretaria.
Ele afirma que os sete focos deste ano devem-se à baixa imunidade em que os rebanhos se encontram neste período.
A proteção oferecida pela vacina, cuja última dose foi aplicada em setembro, dura seis meses.
Além da cobertura vacinal que cresceu de 81,4% em 92 para 94% no ano passado, segundo Martins, outro fator que vem contribuindo para a redução dos focos é a rapidez com que os criadores notificam os casos à defesa sanitária.
"A Secretaria interdita a fazenda e vacina os rebanhos vizinhos gratuitamente, evitando que o vírus se espalhe", explica.
Dados do Fundepec (Fundo de Desenvolvimento da Pecuária do Estado) mostram que nas regiões de gado de corte, como Araçatuba e Presidente Prudente, a cobertura vacinal chega a 99%.
No Vale do Paraíba, onde predomina a pecuária de leite, o índice gira em torno de 85%.
São Paulo realiza duas campanhas de vacinação geral, em março e setembro. Os bezerros com menos de um ano recebem doses de reforço em junho e dezembro.
Para o próximo ano, porém, estuda-se a mudança das campanhas para maio e dezembro.
A medida deve-se à unificação das vacinações nos Estados do circuito pecuário do Centro-Oeste (São Paulo, Minas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, parte do Paraná e Tocantins).
Estes Estados também deverão dividir as responsabilidades pela fiscalização das fronteiras, através das barreiras sanitárias fixas.
"Com um plano comum de controle sanitário nestes Estados, em três anos poderemos erradicar a doença", diz Pedro de Camargo Neto, presidente do Fundepec.
Segundo o Fundepec, 90% das 1,4 milhão de cabeças de gado que chegam a São Paulo por ano vêm do circuito do Centro-Oeste.
Com a eliminação da aftosa, o Fundepec estima que os criadores e outros segmentos de carne bovina do Brasil poderiam embolsar em torno de US$ 195 milhões com exportações para EUA e Japão.
Os dois países não compram a carne brasileira por causa da doença, já extinta em seus rebanhos.

Texto Anterior: Queijo Sadia; Câmaras frias; Na justiça; Discriminados; Desinteresse; Centro-Oeste; Promessa; Medo; Queda livre; Fundo do poço; Cancro cítrico; Menos destruição; Concentração; Seara alheia; Saindo do vermelho; Fôlego no caixa; Crescimento; Compasso de espera; Limite
Próximo Texto: Doença debilita e mata o gado
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.