São Paulo, quarta-feira, de dezembro de  |
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Festas no interior aquecem o comércio
VENILSON FERREIRA
Calendário rural em São Paulo registra 374 feiras este ano e mobiliza da indústria de máquinas a camelôs Sindicatos rurais, associações, prefeituras municipais e promotores de eventos rurais descobriram, nos últimos anos, um bom negócio para reforçar seus caixas. Festas e feiras agropecuárias, que misturam agrobusiness, turismo e cultura caipira, viraram febre no interior e estão engordando os bolsos de uma legião de duplas sertanejas, butiques country, peões de rodeio e até vendedores de churrasquinho. Só em São Paulo, o calendário oficial da Secretaria da Agricultura e Abastecimento registra 374 eventos este ano, entre festas de peão, torneios e feiras (veja calendário rural nas páginas 6-6 e 6-7). "É um bom negócio, mas tem seus riscos", diz Bruno Pasqual, gerente de vendas da HG Promoções, empresa que organiza exposições no interior de São Paulo e Paraná. Responsável pela agenda de Christian e Ralf, Pasqual diz que dos 110 shows realizados pela dupla em 94 cem foram contratados por festas e exposições rurais. Alexandre Gibson, sócio da HG, acrescenta que o custo para colocar a dupla na estrada está hoje em R$ 18 mil. Com a dupla viaja uma trupe de oito músicos e 12 profissionais da área de produção. "O custo de organização de uma feira de porte médio chega a US$ 500 mil", calcula José Américo Ribeiro dos Santos, sócio-diretor da Agrocentro, consórcio que administra o parque da Água Funda, em São Paulo (SP), e realiza 26 eventos este ano. O maior negócio da Agrocentro, a Expande (Exposição Estadual de Animais e Derivados), realizada em novembro, movimentou em 94 R$ 937 mil só com os leilões e levou 42 mil pessoas ao parque. No interior, os números são ainda maiores. A tradicional Festa do Peão de Boiadeiro, em Barretos (SP), recebeu no ano passado 650 mil pessoas, que lotaram bares, restaurantes e hotéis da região. O clube "Os Independentes", organizador dos rodeios, investiu US$ 1,2 milhão na festa, contando com o patrocínio de grandes empresas. Este ano, os organizadores prevêem 10% de aumento no número de visitantes e também no faturamento, que em 94 foi de US$ 2 milhões. A Feira Agropecuária da Alta Mogiana (Feapam), em Ribeirão Preto (319 km ao norte de São Paulo), também costuma aquecer o comércio da região. A mostra costuma receber 500 mil pessoas e movimenta cerca de US$ 20 milhões. Outra grande atração no interior paulista é a Exploflora, em Holambra (120 km ao norte de São Paulo), que expõe flores, plantas e acessórios de jardinagem. A feira, que ocorre em setembro, recebe 350 mil pessoas e arrecada quase US$ 2 milhões. Colaboraram Folha Norte e Folha Nordeste. Texto Anterior: Shopping rural será inaugurado em julho Próximo Texto: Agrishow atrai os profissionais Índice |
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