São Paulo, quarta-feira, de dezembro de
Texto Anterior | Índice

'Rocky' reafirma Stallone

INÁCIO ARAUJO
DA REDAÇÃO

"Rocky 3" (Globo, 16h25) é, em parte, um filme sobre a reconciliação. No passado, Rocky (Sylvester Stallone) apanhou e bateu no antigo campeão Apollo Creed (Carl Wheaters).
Agora, com Rocky em dificuldades, o veterano Apollo volta às boas com ele e torna-se seu treinador. É uma xaropada, à moda das novelas de TV, em que as pessoas mudam de atitude e, eventualmente, de personalidade, com mais facilidade do que se troca de paletó.
"Rocky 3" tem o inconveniente habitual das sequências (o número 4 da série inventará um inverossímil brutamontes russo para desafiar nosso campeão e, sobretudo, reaquecer a guerra fria): as virtudes do início se rarefazem, sobra uma imagem e muitos cifrões.
Mas, em vista do que Hollywood vem produzindo nos últimos tempos, o filme serve pelo menos para reavaliar a figura de Sylvester Stallone. É um ator que se acomoda com facilidade ao carisma e torna-se seu servidor. Seu físico, da mesma forma que ajuda a projetá-lo, termina por ser uma limitação (Arnold Schwarzenegger, com o mesmo problema, até maior, evoluiu muito mais).
Mas Stallone atrai o público, talvez graças ao contraste entre seu ar de invencível e a cara de bebê chorão: sua presença produz um choque de significações estranho que parece explicar sua longa permanência entre as boas bilheterias de Hollywood do que seu talento propriamente dito.
(IA)

Texto Anterior: Bomba! Quero o meu orgasmo de volta!
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.