São Paulo, quarta-feira, de dezembro de |
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'Rocky' reafirma Stallone
INÁCIO ARAUJO
Agora, com Rocky em dificuldades, o veterano Apollo volta às boas com ele e torna-se seu treinador. É uma xaropada, à moda das novelas de TV, em que as pessoas mudam de atitude e, eventualmente, de personalidade, com mais facilidade do que se troca de paletó. "Rocky 3" tem o inconveniente habitual das sequências (o número 4 da série inventará um inverossímil brutamontes russo para desafiar nosso campeão e, sobretudo, reaquecer a guerra fria): as virtudes do início se rarefazem, sobra uma imagem e muitos cifrões. Mas, em vista do que Hollywood vem produzindo nos últimos tempos, o filme serve pelo menos para reavaliar a figura de Sylvester Stallone. É um ator que se acomoda com facilidade ao carisma e torna-se seu servidor. Seu físico, da mesma forma que ajuda a projetá-lo, termina por ser uma limitação (Arnold Schwarzenegger, com o mesmo problema, até maior, evoluiu muito mais). Mas Stallone atrai o público, talvez graças ao contraste entre seu ar de invencível e a cara de bebê chorão: sua presença produz um choque de significações estranho que parece explicar sua longa permanência entre as boas bilheterias de Hollywood do que seu talento propriamente dito. (IA) Texto Anterior: Bomba! Quero o meu orgasmo de volta! Índice |
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