São Paulo, quinta-feira, 9 de março de 1995 |
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Evangélicos registram partido em Portugal
JAIR RATTNER
É a segunda tentativa dos adeptos da Igreja Universal para formar uma organização política. Em 22 de fevereiro, o tribunal indeferiu o registro do Partido Social-Cristão, alegando que a Constituição não permite partidos religiosos. O pedido de registro do Partido da Gente foi feito com as mesmas 5.900 assinaturas do Partido Social-Cristão. A lei portuguesa exige 5.000 assinaturas. O símbolo do partido também mudou. Era um peixe, recusado por ser um símbolo cristão. Agora é um G quadrado atravessado por uma vassoura vermelha. Para Jorge Bueno de Matos, porta-voz do Tribunal Constitucional, "não há nenhum impedimento para a formação do partido". Em janeiro, durante a discussão dos estatutos do partido, o projeto de programa defendia a melhoria dos sistemas de saúde e segurança social e mais verbas para a educação. O objetivo era conseguir, já nas próximas eleições legislativas, marcadas para outubro, uma bancada de 10 a 12 deputados entre os 230 do Parlamento português. Para isso, vai procurar reunir os votos de todos os evangélicos portugueses e não apenas de adeptos da Igreja Universal. A última contagem feita nos cultos, em agosto de 1994, indicou que havia de cerca de 200.000 fiéis da Igreja Universal em Portugal, que atualmente conta com mais de 50 templos e transmite seus programas através de 23 rádios e de uma hora diária de televisão na SIC —o canal em que a Rede Globo tem 12% do capital. Texto Anterior: Senado adia investigação sobre Ernandes Amorim; PT comemora seus 15 anos na TV e critica presidente; Evangélicos registram partido em Portugal; Itamar falta a lançamento de livro que o homenageia Próximo Texto: Supostas torturas terão nova apuração Índice |
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