São Paulo, sexta-feira, 10 de março de 1995
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Greve no Rio deixa 5 milhões sem ônibus

CRISTIANE RAMALHO
FREE-LANCE PARA A FOLHA

A greve dos rodoviários dos municípios do Rio de Janeiro, Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Niterói e São Gonçalo, deixou sem ônibus cerca de 5 milhões de pessoas que utilizam diariamente os 4.600 ônibus da rede de transportes do Grande Rio.
Até as 19h30, os motoristas e cobradores de ônibus continuavam reunidos em assembléia e não havia decisão sobre o prosseguimento ou não da paralisação.
Na tarde de ontem, os dados eram conflitantes quanto ao número de ônibus em circulação. Segundo a prefeitura, menos de 5% da frota estariam circulando.
O vice-presidente do sindicato dos rodoviários, Sebastião de Athayde, calculava o número de ônibus em circulação em 30%.
O Grande Rio abrange a capital e as áreas da Baixada Fluminense, Niterói e São Gonçalo.
Os rodoviários reivindicam reajuste salarial de 74%, cesta básica, plano de saúde, vale-refeição e jornada de trabalho de seis horas. Os empresários oferecem apenas um reajuste de 37,85%.
Se não for encerrada, o prefeito do Rio, César Maia, vai pedir que seja decretada a abusividade da greve (leia texto ao lado).
Se isso acontecer, a prefeitura poderá processar os sindicatos dos rodoviários e dos empresários por "desrespeito à lei e à população". Urquisa Nobre, da Fetranspor, negou que os empresários estejam apoiando a greve. "Nós fomos buscar os rodoviários em casa, mas eles desapareceram."

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