São Paulo, sábado, 11 de março de 1995
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Equador proíbe saída de Edmundo

RODRIGO BERTOLOTTO
ENVIADO ESPECIAL A GUAYAQUIL

O jogador Edmundo não pode deixar o Equador, por decisão do juiz Honger Villabicencio, de Quito. Todos escritórios de migração do país estão avisados.
Por volta das 17h locais (19h de Brasília), o hotel foi cercado por agentes da Polícia Nacional.
Vestidos com uniformes de camuflagem, os policiais procuravam por Edmundo ou pelo chefe da delegação, Seraphim Del Grande.
O advogado do hotel, José Guerrero, não permitiu a entrada dos policiais.
Edmundo permanecia no quarto, enquanto Del Grande se reunia com o presidente da Telesistema, na sede da televisão.
Enquanto isso, os policiais, sob o comando do coronel Galarsa, ficaram na porta com uma citação de prisão.
Eles negaram possuir a ordem, mas foram desmentidos por Valdir Joaquim de Morais, preparador de goleiros do Palmeiras, e pelo advogado do hotel.
O atacante, que agrediu um cinegrafista do canal Telesistema após a partida contra o Nacional na terça-feira, não poderá acompanhar a equipe que embarcaria às 3h (horário de Brasília) para São Paulo —com escala no Chile.
O Palmeiras está desde segunda-feira no Equador, onde disputa dois jogos pela Libertadores. A informação da ordem de prisão chegou ao hotel de Guayaquil, onde está hospedado o time, ao meio-dia local, hora em que Seraphim Del Grande saía para almoçar com o presidente do Emelec.
Del Grande entrou em contato com a embaixador do Brasil no Equador, Osmar Vladimir Chohfi, para interceder no caso.
Segundo a direção do canal Telesistema, a Embaixada do Brasil se comprometeu a mandar um fax à estação, pedindo desculpas e se responsabilizando pelos danos morais e financeiros.
Até a noite de ontem, o fax prometido pela embaixada à Telesistema não havia sido enviado.
A embaixada vai enviar um representante a Guayaquil para acompanhar o caso. Edmundo não deve seguir com a delegação palmeirense e ficar retido na cidade.
Nem mesmo poderá sair de seu quarto. Segundo o advogado do hotel, no quarto ele fica protegido e a polícia não tem condições de detê-lo, por tratar-se de propriedade privada.

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