São Paulo, segunda-feira, 13 de março de 1995 |
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Professores escrevem na parede e alunos estudam ajoelhados na PB
ADELSON BARBOSA
"A escola não tem condição de funcionar. Falta tudo", afirmou a diretora Mércia de Medeiros. A vice-prefeita e secretária municipal de Educação de João Pessoa, Emília Freire, disse que a partir de hoje a escola será interditada para reformas. Na Almirante Barroso, faltam carteiras, não há água e o fogão quebrado não permite que seja preparada a merenda. Os professores escrevem nas paredes em salas onde não há quadros-negros. A maior parte dos 490 alunos da escola, de 1º grau, mora na favela Baleado, no mesmo bairro. Há aulas em três períodos. À noite, funciona um curso supletivo. O único bebedouro da escola está quebrado e os alunos bebem água de um cano estourado, em cima de uma fossa. Alimentos enlatados e leite em pó correm o risco de estragar. "Temos merenda, mas não podemos distribuir porque falta fogão para o preparo", disse a diretora. A segurança é outro problema. Na semana passada, integrantes de gangues de rua invadiram a escola e trocaram tiros. Texto Anterior: Violência contra criança cresce este ano no Ceará Próximo Texto: Condenado por racismo começa a cumprir pena Índice |
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