São Paulo, segunda-feira, 13 de março de 1995
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Vôo atrasa e executivo diz ter se sentido "sequestrado" pela Varig

DA REPORTAGEM LOCAL

José Seabra Marino, 40, diretor-comercial da empresa Lanifício Capricórnio S.A., foi passageiro do vôo 727 da Varig (entre Paris e São Paulo), no último dia 8 de março.
Marino afirma ter se sentido "sequestrado" pela tripulação da empresa aérea.
Segundo Marino, o vôo tinha hora prevista de chegada em São Paulo para 6h55, mas só aterrissou na capital paulista às 14h30.
Ele diz que o avião fez um pouso técnico em Salvador, onde ficou parado por mais de três horas à espera do conserto de um problema mecânico.
"Assim que decolamos, o comandante do vôo informou que, infelizmente, teríamos que pousar no Rio de Janeiro antes de seguir para São Paulo. Segundo o comandante, havia um denso nevoeiro no aeroporto paulistano", diz Marino.
O executivo afirma que os passageiros a bordo do avião —mais de 100— não acreditaram no que foi dito pelo comandante e começaram a gritar "mentira".
Diz também que os passageiros perceberam que a tripulação, além de ser toda carioca, estava com a carga horária de trabalho de 12h/vôo vencida.
"Senti-me sequestrado pela tripulação, pois, quando cheguei ao Rio de Janeiro, entrei em contato com diversas pessoas em São Paulo, inclusive com o aeroporto, e constatei que o dia era de sol e que, em nenhum momento, o aeroporto chegou a suspender os pousos."
Marino diz que ele e os demais passageiros se sentiram enganados pela tripulação e afirma que considerou "a conduta da Varig um desrespeito ao consumidor". "Nós queremos prestigiar as companhias aéreas nacionais, mas desta forma isso não é possível", afirma Marino.

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