São Paulo, terça-feira, 14 de março de 1995
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Assembléia toma posse e elege presidente

DA REPORTAGEM LOCAL

Os novos deputados estaduais de São Paulo devem eleger amanhã o tucano Ricardo Trípoli, 42, presidente da Assembléia Legislativa.
A eleição da nova Mesa Diretora acontece logo depois da posse dos eleitos.
A Constitutição estadual marcou a posse para 1º de janeiro, junto com os demais eleitos no ano passado. Mas deputados não-reeleitos conseguiram o adiamento na Justiça, de forma que completassem quatro anos de mandato, como determina a Constituição federal.
Acordo fechado pelas lideranças do PSDB, PPR e PT na última sexta-feira praticamente definiu a disputa pela Mesa.
Pela articulação, a Mesa Diretora terá integrantes do PPR, partido do prefeito Paulo Maluf, do PT e do PFL, coligado ao PSDB nas eleições do ano passado.
Além de Trípoli, o acordo prevê o petista Luiz Carlos da Silva na primeira secretaria, Conte Lopes (PPR) na segunda secretaria e Clóvis Volpi (PSDB) na vice-presidência.
A função de segundo vice ficará com um membro do PFL, ainda não definido.
A conquista da Mesa Diretora da Assembléia é considerada vital para o governo estadual. É ela quem define a pauta de votações e administra o Legislativo.
O governador Mário Covas e o prefeito Paulo Maluf participaram diretamente das articulações.
O tucano promoveu encontros com vários deputados em seu gabinete para discutir a eleição e Maluf praticamente definiu seu apoio durante jantar em sua casa, no Jardim América (zona oeste de São Paulo), com Ricardo Trípoli há três semanas.
A chapa de Trípoli vai enfrentar a encabeçada pelo peemedebista Paschoal Thomeu, ex-prefeito de Guarulhos.
O lançamento da candidatura Thomeu foi articulado pelo ex-governador Luiz Antonio Fleury Filho, que pretende se manter no cenário político através de uma influência na Assembléia.
O candidato peemedebista, porém, aparece como "azarão" nessa disputa.
O advogado Trípoli foi vereador na capital e deputado estadual (91-95). Durante a gestão de Covas na Prefeitura de São Paulo (83-85), foi secretário dos Negócios Extraordinários (83-84).

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