São Paulo, quarta-feira, de dezembro de
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Estudo analisa ensino de português no 1º grau

DA REPORTAGEM LOCAL

Estudo analisa ensino de português no 1º grau
Os livros didáticos utilizados pelas escolas brasileiras, e o trabalho que é realizado a partir deles nas salas de aula, privilegiam uma noção de estilo restrita ao estudo da construção formal de figuras de linguagem típica de textos escritos segundo as normas da gramática normativa.
O estilo, no entanto, existe em todo o texto e optar por uma norma específica dificulta o desenvolvimento da competência comunicativa dos estudantes.
A tese é de Vanda Maria da Silva, a professora de português da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), e foi apresentada como trabalho de mestrado na mesma universidade.
“Estilo, escrita e subjetividade: uma contribuição ao ensino da língua portuguesa”, orientada por Sueli Marquesi, obteve nota dez, com distinção e louvor.
A pesquisa teve como objetivo “apontar perspectivas para uma abordagem do estilo de forma a contribuir para a produção escrita no primeiro grau”. Para desenvolver o trabalho, Vanda avaliou livros didáticos e aplicou questionários a professores e alunos do “primeiro grau maior (5ª a 7ª séries).
Para o desenvolvimento da “competência comunicativa”, a pesquisadora propõe o emprego de uma “pluralidade de textos” em sala de aulas, textos estes que possam dar conta de situações de comunicação que escapam às possibilidades oferecidas pela norma oficializadora da língua.
Isto é, é privilegiada a “estratégia” que capacita quem escreve a adaptar o seu discurso para cada tipo de situação. O estilo, entendido no sentido mais amplo que lhe dá a pesquisadora, e não na acepção da norma oficializada, pode contribuir para dar instrumentos para a produção da escrita. A condição é que sua “abordagem possibilite a diversificação do ‘dizer/como dizer’ frente à infinita variabilidade das condições enunciativas”.

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