São Paulo, quarta-feira, 15 de março de 1995 |
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Marília Pêra dirige a volta do Molière
PEDRO ALEXANDRE SANCHES
"Ganhei meu primeiro Molière em 1969 e lembro que esperava ansiosamente que este dia chegasse. Apesar de nunca ter dirigido um evento desses, me sinto honrada em participar de sua volta", diz a atriz, vencedora de outros dois Molière, em 1973 e 1985. A premiação, que se realiza no dia 27, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, e 28, no Teatro de Cultura Artística de São Paulo, inclui apresentações do grupo musical francês Le Quatuor e da atriz brasileira Bibi Ferreira. A novidade do ano é a eliminação do traje de gala. "Temos que admitir que esta não é a realidade do artista brasileiro", diz a produtora Tamara Leftel. A premiação, para atriz, ator, diretor, autor, cenógrafo ou figurinista e prêmio especial, é dividida entre São Paulo e Rio. Paulo Autran e Denise Fraga apresentam o evento em São Paulo e Edson Celulari e Cláudia Raia, no Rio. Em São Paulo, concorrem a melhor diretor Eduardo Tolentino de Araújo ("Vestido de Noiva"), Fauzi Arap ("Adorável Desgraçada"), e Emílio di Biasi ("Budro"), e a melhor autor Leilah Assunção ("Adorável Desgraçada"), Bosco Brasil ("Budro") e Flávio de Souza ("Repétition"). Entre as atrizes, disputam Denise Weinberg, Cláudia Mello e Júlia Lemmertz. Entre os atores, Zécarlos Machado, Jairo Mattos e Eduardo Silva. Foram indicados ao prêmio especial Osvaldo Gabrieli, pela direção de "Babel Bum", Renata Melo, pelo projeto "Bonita Lampião", e Vivian Buckup, pelo trabalho de preparação de atores. No Rio, concorrem as atrizes Eva Wilma, Nicette Bruno e Patrícia Selonk e os atores Antônio Nóbrega, Pedro Paulo Rangel e Eduardo Moreira. Entre os diretores, disputam Gabriel Vilella ("A Falecida" e "A Rua da Amargura") e Ulysses Cruz ("O Anjo Negro"), e entre os autores Sílvio de Abreu ("Capital Estrangeiro"), Maria Adelaide Amaral ("Querida Mamãe") e Miguel Falabella e Maria Carmem Barbosa ("Louro, Alto, Solteiro Procura..."). O iluminador Maneco Quinderé foi indicado ao prêmio especial por seu trabalho nas peças "A Falecida" e "A Rua da Amargura". O Molière, instituído em 1965, é iniciativa da companhia aérea Air France. Esteve parado em 1992 e 1993, segundo a empresa, devido a crises na aviação internacional, que levaram a contenções de despesa em nível mundial. Para retomar a premiação este ano, a Air France uniu-se à empresa automobilística Citroen. Juntas, as duas empresas afirmam ter investido US$ 300 mil no Molière. Cada um dos premiados recebe uma passagem aérea para Paris. O custeio de hospedagem ou despesas não está incluído. Texto Anterior: Ford acentua crítica a brancos Próximo Texto: Dickinson promete shows 'cool' no Brasil Índice |
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