São Paulo, sábado, 18 de março de 1995
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Sindicalista é morto a tiros na zona sul

Foi abordado enquanto falava no orelhão

DA REPORTAGEM LOCAL

O diretor do sindicato dos motoristas e cobradores de São Paulo, Durvalino José dos Santos, 53, o "Santista", foi morto ontem em frente à garagem da Viação Jurema, no Jardim São Luís (zona sul).
Santista estava telefonando para o sindicato em um orelhão em frente à empresa às 9h quando recebeu três tiros.
O sindicalista morreu a caminho do hospital. O motorista Dorival de Campos, que passava pelo local, recebeu um tiro na perna.
Testemunhas disseram à polícia que o autor dos disparos chegou ao local em uma moto junto com outro homem. Ele teria descido da moto e chegado perto de Santista, feito vários disparos e fugido.
A viúva de Santista, Adriana Sanz, 23, suspeita de um homem chamado Paulinho, que trabalha na Viação Bola Branca e teria discutido com o sindicalista há uma semana. Paulinho foi procurado ontem, mas não foi encontrado.
Um relatório feito pela Secretaria Municipal dos Transportes no segundo semestre de 93 —na gestão de Getúlio Hanashiro— sobre as atividades políticas e pessoais dos diretores do sindicato, apontava Santista como "pé-de-pato", matador na linguagem policial.
A polícia prometeu investigar a denúncia mas nunca conseguiu reunir provas contra Santista.

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