São Paulo, segunda-feira, 20 de março de 1995 |
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Suspeitos podem estar em lista de ex-informante
CLAUDIO JULIO TOGNOLLI
Em setembro passado o informante divulgou nomes de 60 policiais, entre eles delegados de classe especial, que estariam recebendo propina para ocultar ladrões e desmanches de carros. Os promotores Airton Cassaro, João Rodrigues e Patrícia Ferraz, que investigam os policiais citados por "Zezinho", pressupõem que haja ligações entre eles e funcionários do Detran. Dossiê sigiloso, obtido pela Folha, entregue à Corregedoria de Polícia, revela que policiais do departamento fariam seus investimentos numa fazenda na cidade de Taquaritinga (SP). Os investimentos, diz o documento, seriam coletados num imóvel situado à rua Tangará, no Ibirapuera (zona sul de São Paulo). A Corregedoria investiga, a princípio, 29 casos de corrupção relatados no dossiê. O delegado Benedito Dantas Maciel, corregedor do Detran, disse à Folha que tem sido ameaçado de morte porque começou a investigar o caso. Pelo menos cinco tipos de propina estariam sendo cobradas. Cobrança para legalizar carros roubados com placas frias, para deixar que carros roubados fossem relicenciados, para facilitar exames de carta de habilitação e para rasgar processos nos arquivos no órgão, que correriam o risco de serem reexaminados pela Corregedoria. O diretor do Detran, Enos Beolchi, sustenta que os envolvidos foram admitidos na gestão anterior. Segundo o ex-diretor do Detran, Cyro Vidal, "nenhum dos envolvidos foi contratado durante os oito anos que chefiei o Detran". Texto Anterior: Ministro da Cultura critica o uso de MP Próximo Texto: Homem diz que teve filho com 101 anos Índice |
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