São Paulo, terça-feira, 21 de março de 1995 |
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Mercado favorável eleva área do algodão no PR
JOSÉ ALBERTO GONÇALVES
A área da cultura cresceu 19% nesta safra, alcançando 280 mil hectares. Os produtores reanimaram-se com as boas perspectivas de mercado do algodão. Por causa da quebra da safra asiática, as cotações entraram em ritmo de alta no segundo semestre de 94 e nos últimos dias a libra-peso de algodão em pluma ultrapassou US$ 1 na Bolsa de Nova York. A região de Londrina, no norte do Paraná, acompanhou a tendência do Estado. Na área de atuação da Valcoop (Cooperativa Agropecuária Vale do Tibagi), os cotonicultores semearam 10,3 mil hectares, 50% acima do plantio efetuado na safra 93/94. Vários agricultores que tinham abandonado a cultura ou reduzido a área nas últimas safras voltaram a investir no algodão. Milton dos Santos, 39, plantou soja, milho e arroz nas últimas três safras, decepcionado com a queda de produtividade de algodão, provocada pelo bicudo, e a dificuldade enfrentada na comercialização. Nesta safra, sua propriedade no município de Santa Cecília do Pavão voltou a ser ocupada pelo algodão. Santos semeou 21 hectares com a cultura. Na última vez em que ele cultivou o produto, na safra 90/91, a área plantada somou 97 hectares. "Com toda dificuldade o algodão é a única cultura que dá retorno econômico na pequena propriedade", diz Santos. Pressionado pela falta de interesse da indústria no algodão nacional, o agricultor Geniplo Rosa de Lima, 32, diminuiu sua lavoura de 39 hectares, cultivada na safra 92/93, para 24 hectares na 93/94. Nesta safra, animado com a elevação dos preços e o financiamento de custeio do governo, Lima aumentou para 31 hectares a área da cultura na sua fazenda, em Nova Santa Bárbara. "Mesmo nestes últimos anos, quando o mercado para o algodão foi ruim, consegui algum lucro", afirma Lima. LEIA MAIS Sobre algodão na pág. 6-3 Próximo Texto: Clima beneficia colheita e plantio em todo o Estado Índice |
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