São Paulo, terça-feira, 21 de março de 1995 |
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Subsídio para ligação telefônica cai em maio
CARI RODRIGUES
Segundo a Folha apurou, o ajuste nas tarifas telefônicas não ultrapassará a variação da inflação em um ano de Plano Real, tanto com o fim dos subsídios como na recomposição dos preços. Os estudos para que este realinhamento seja feito já começaram e estarão concluídos no final de abril. A intenção do governo é reduzir ou acabar com o subsídio cruzado. Ou seja, hoje as tarifas de ligações interurbanas e internacionais são mais altas e cobrem rombo das ligações locais. A assinatura básica residencial custa R$ 0,60 por mês e dá direito a 90 ligações locais, de dois minutos cada. Somente após apurar a relação entre o subsídio da assinatura básica com os benefícios propiciados é que a equipe econômica vai iniciar o levantamento para detectar a defasagem da tarifa depois de 12 meses da conversão para URV (Unidade Real de Valor). As tarifas telefônicas foram transformadas em URV em 1º de maio de 1994. A lei permite a recomposição dos preços depois de um ano da conversão para URV. Os estudos estão sendo realizados pelo Ministério da Fazenda, Comunicações e Telebrás. A redução dos subsídios será realizada com base nos custos das empresas. A ficha telefônica custa R$ 0,02 quando comprada na companhia telefônica. No mercado ela é encontrada por dez vezes mais (R$ 0,20). Isto é o que os técnicos chamam de "tarifa irreal". O reequilíbrio tarifário —com a redução dos subsídios— vai levar em conta o peso do valor da assinatura básica e os serviços prestados através do telefone —como a possibilidade de o assinante utilizar o telefone para chamar um táxi, encomendar refeições e outras entregas. A idéia do governo é detectar o custo da cesta de serviços telefônicos —assinatura básica (local), interurbano e internacionais. Hoje, a assinatura básica comercial (sistema de PABX) custa apenas R$ 9,25 por linha e a não-residencial custa R$ 9,25. Esses valores dão direito a 90 ligações de dois minutos cada, por mês. Técnicos do governo acreditam que, mesmo o governo aumentando em dez vezes o valor da assinatura residencial —iria para R$ 6,00—, o peso sobre o cálculo da inflação de maio não seria grande. A contas com novos valores serão pagas em junho (correspondente a maio). Texto Anterior: Festa de 26 anos da ECT reúne 'torre de Babel' criada por Motta Próximo Texto: PE acusa Petrobrás de vazar informações Índice |
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