São Paulo, terça-feira, 21 de março de 1995
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Grupo de paraplégicos faz blitz em bar após denúncia

Proprietária de piano-bar nega ter havido discriminação

AZIZ FILHO
DA SUCURSAL DO RIO

Paraplégicos, amputados e representantes de entidades de direitos humanos começaram no Rio uma campanha para flagrar bares e restaurantes que discriminem deficientes físicos.
A campanha começou na última sexta-feira, quando 18 deficientes e três deputados foram ao restaurante e piano bar Paradiso, na Lagoa (zona sul), checar uma denúncia de discriminação.
A deputada estadual Tânia Rodrigues (PT), paraplégica, recebeu denúncia de uma mulher paraplégica, que afirmava ter encontrado resistência para entrar no restaurante, um dos mais caros do Rio.
Na noite de sexta-feira, Tânia, o deputado estadual Carlos Minc (PT) e o deputado federal Fernando Gabeira (PV-RJ), este representando a Comissão de Direitos Humanos da Câmara, foram ao local com 18 deficientes.
"Bebemos, comemos, foi tudo normal, não sei se em função da denúncia anterior. Foi uma coisa pioneira. Fomos mostrar que, se ocorrer discriminação, não vamos tolerar", disse Gabeira.
Tânia afirmou que as associações vão fazer novas visitas de surpresa a outros bares e restaurantes. "Só que vamos escolher lugares menos caros, senão as associações vão falir."
A gerente do Paradiso, Vilma Lima, negou ter havido qualquer discriminação no bar. Segundo ela, a denúncia "aumentou muito o movimento" porque vários paraplégicos foram ao bar no último fim-de-semana para checar a denúncia.

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