São Paulo, terça-feira, 21 de março de 1995
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Feira de máquinas deve faturar US$ 300 mi

GRAZIELE DO VAL
DA REPORTAGEM LOCAL

O faturamento da Feira Internacional de Controle de Qualidade e da Feimafe (Feira Internacional de Máquinas, Ferramentas e Sistemas Integrados de Manufatura) deve ser o dobro do contabilizado em 93, último ano em que foram realizadas.
Os dois eventos dividem espaço no Anhembi, em São Paulo, esta semana.
A expectativa dos organizadores é de que o volume de negócios atinja a cifra de US$ 300 milhões. Na última versão das feiras, há dois anos, o faturamento foi de US$ 120 milhões.
"A estabilidade econômica dá muita confiança ao comprador. Além disso, o número de expositores é 20% superior", diz Evaristo Nascimento, da Alcântara Machado, a empresa promotora.
Ele acredita que cerca de 60 mil pessoas devem visitar a feira, entre os dias 20 e 25 de março.
Mais de 800 empresários que produzem máquinas e ferramentas para o setor de manufatura montaram seus estandes na Feimafe, que foi inaugurada ontem.
Os expositores que participam da Feira de Qualidade somam 78 -grande parte estrangeiros.
"A maioria das empresas que possuem ISO 9.000 na América Latina estão concentradas no Brasil, então, nada mais lógico do que promovermos um evento que espelhe esta realidade. Os fabricantes sabem que só tem um meio de preservar o seu próprio mercado: a racionalização dos custos", afirma.
A Brasitec, por exemplo, trouxe à feira equipamentos desenvolvidos para inspeção de caldeiras, vasos de pressão e tubos em geral.
A novidade introduzida pela RR Etiquetas, uma empresa especialista em automação, é o papel auto-adesivo fluorescente. Utilizado em gôndolas e promoções, o produto chama a atenção dos clientes por causa das cores fortes.
Os organizadores da Fimma (Feira Internacional de Máquinas, Matérias-Primas e Acessórios para a Indústria Moveleira) também estão otimistas. Eles esperam faturar cerca de US$ 130 milhões em 95.
A feira, inaugurada hoje em Bento Gonçalves (RS), vai até 26 de março. Em 93, o faturamento foi de US$ 110 milhões.
"Reunimos 494 empresários de 18 países que produzem insumos para os fabricantes de móveis. A nossa expectativa é boa porque esperamos que as vendas do setor cresçam 30%, em relação ao primeiro semestre do ano passado", diz o empresário Dorvalino Louveira, um dos promotores.
Segundo ele, 93 expositores são da Itália, 39 da Alemanha, 28 dos EUA e 25 da China e de Taiwan.
"Atualmente trabalhamos com 90% a 95% da nossa capacidade", diz Flávio Luz, vice-presidente do setor de madeiras da Duratex, que também participa.
Na opinião de Enrique Judas Manubens, diretor da Duratex, a Fimma funciona mais como uma estratégia de marketing.
O ministro das Comunicações, Sérgio Motta, abre hoje em São Paulo o 5º Congresso Internacional de Telecomunicações e Teleinformática, no Expo-Center Norte.
Além da exposição de produtos, haverá uma série de debates sobre TV a cabo, comunicação de dados, satélites, multimídia e telefonia celular. A feira vai até dia 26.

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