São Paulo, quarta-feira, de dezembro de
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Consumo cresce menos nos supermercados

DA SUCURSAL DO RIO

O consumo nos supermercados está tendo, neste mês, crescimento menor do que vinha ocorrendo desde a implantação do Plano Real, em razão das medidas anti-consumo, segundo o presidente da Abras (Associação Brasileira de Supermercados), Paulo Feijó.
Feijó disse que, desde junho de 94, o setor vinha tendo crescimento em torno de 30% em relação ao ano anterior. Na primeira quinzena deste mês o aumento foi de 25%.
Feijó participou ontem, no centro de convenções do Hotel Nacional, no Rio, da cerimônia de abertura da 9ª Convenção Anual da Asserj (Associação dos Supermercados do Rio de Janeiro).
Esta queda de consumo, no entender de Feijó, fará com que o aumento da taxa de juros não influa no preço final do produto. Ele acha que tanto os fornecedores quanto os supermercadistas terão que apertar suas margens de lucro.
"O consumo diminuiu e a concorrência está acirrada. Por isso, acredito que os preços vão se manter", disse Feijó. Ele disse que, em média (pois para cada tipo de produto há uma negociação diferente), os prazos de pagamento para os supermercados são de 22 dias.
Se o aumento da taxa de juros fosse aplicado integralmente, os produtos aumentariam cerca de 0,90%, segundo disse.
Feijó disse que, no momento, leite e derivados vão pressionar a inflação por estar se iniciando a entressafra. Como o governo aumentou de 2% para 30% a alíquota de importação destes produtos, deve haver aumento.
Ele disse que o aumento da alíquota foi "consciente" para não prejudicar o produtor nacional com uma diferença de preços grande entre o produto nacional e o importado. "Em uma economia estabilizada os preços oscilam mesmo. Quando voltar a safra os preços baixam".

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