São Paulo, terça-feira, 21 de março de 1995
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Diretor se arrisca com 'western'

DA REDAÇÃO

A presença de Sam Raimi no cinema americano se assemelha à de um de seus personagens. "Darkman", um herói sem rosto que reaparece para se vingar de seus supostos assassinos, é a tradução do tipo de papel que Sam Raimi representa na indústria hoje.
Todos os sucessos dos irmãos Coen têm por trás a grife Raimi. A estréia de John Woo nos EUA com "O Alvo" também contou com seu suporte na produção. E agora Raimi tenta expor à luz do 'western' a face mais visível de seu talento, a de diretor.
Adotando audácias de um formato de produção calcado nas soluções de baixo custo, Raimi vem se distinguindo por adaptar a estética do filme B a filmes de maior orçamento, como "Darkman" e "The Quick and the Dead".
Independente por instinto, Raimi não se sente seduzido pelas ofertas que recebe com frequência dos grandes estúdios. "Se estivesse interessado em dinheiro, teria me lançado no mercado imobiliário", declarou certa vez.
Em sua última aventura ele tenta escapar do gênero que o consagrou —o horror, onde encontrou espaço para as criações delirantes da série "Uma Noite Alucinante"— e se arriscar em um gênero tão codificado quanto o 'western'.
Desatento às expectativas quanto aos novos rumos de sua carreira, Raimi anunciou que seu próximo projeto é uma adaptação de "A Metamorfose" de Kafka.
Só para não deixar de surpreender já avisou que desta vez é uma barata que ele vai transformar em homem.

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