São Paulo, terça-feira, 21 de março de 1995
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Israel bloqueia Hebron e impede novo ataque

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O governo de Israel impôs toque de recolher na cidade de Hebron, na Cisjordânia ocupada, onde terroristas palestinos atacaram um ônibus domingo, matando dois passageiros e ferindo cinco.
Um oficial informou que a polícia israelense impediu um novo atentado terrorista ontem em Beersheba, no sul do país, ao apreender e detonar um caminhão carregado de explosivos. Um dos ocupantes do caminhão foi preso e os outros dois fugiram.
Embora nenhum grupo tenha assumido a autoria do atentado de domingo, as autoridades israelenses responsabilizaram o Movimento de Resistência Islâmica Hamas.
Sob proteção de tropas do Exército israelense, mais de 3.000 pessoas participaram dos enterros de Nahum Hoss, 31, e Yehuda Partosh, 43, em Hebron.
Muitos dos presentes responsabilizaram pelas mortes o governo e o acordo de paz de 1993, que concedeu autonomia a parte dos territórios palestinos ocupados.
O comandante militar israelense da área de Hebron afirmou que a casa de cujo telhado foram feitos os disparos contra o ônibus será destruída.
O ministro da Polícia, Moshe Shahal, apresentou no Parlamento o plano de construir uma cerca para separar definitivamente as populações israelense e palestina.
Segundo ele, a separação não só ajudaria a combater o terrorismo, como também bloquearia os planos da extrema direita israelense de anexar os territórios árabes.
Barcos de patrulha da Marinha israelense reforçaram o bloqueio do litoral sul do Líbano, disparando com metralhadores contra barcos de pesca libaneses.
Aviões e helicópteros israelenses bombardearam supostas bases de guerrilheiros xiitas libaneses na região de Nabatieh, 35 km ao sul de Beirute.
O ataque seria uma represália à emboscada de uma patrulha do Exército de Israel na zona de segurança (área ocupada no sul libanês) pela guerrilha pró-Irã Hezbollah. Os xiitas teriam destruído dois veículos militares israelenses e deixado dois soldados feridos nessa emboscada.
Representantes de Israel e da Síria reiniciaram em Washington negociações sobre a devolução das colinas de Golã, tomadas pelos israelenses na guerra de 1967.
Inicialmente participam das conversações os embaixadores em Washington Itamar Rabinovitch (Israel) e Ualid al Moualem (Síria), além do subsecretário de Estado norte-americano Dennis Ross.
O vice-presidente dos EUA, Al Gore, e o ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Klaus Kinkel, estiveram no Cairo e reuniram-se com o presidente egípcio, Hosni Mubarak.

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