São Paulo, terça-feira, 21 de março de 1995
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DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Nenhum grupo assumiu a responsabilidade pelo atentado de ontem. A polícia de Tóquio destacou 300 detetives para investigar.
Especialistas em guerra química avaliam que ele foi obra de um grupo organizado, já que o gás foi liberado nas 16 estações de metrô num curto espaço de tempo.
O grupo também teria de ter a assistência de um químico orgânico especializado, disse Shunji Ishikura, professor da Universidade de Ciência de Tóquio.
Apesar de organizado, a escolha aleatória de alvos indica que o grupo tem pouca experiência, disse o professor Susumu Oda, especialista em psicologia criminal da Universidade Tsukuba.
Para técnicos alemães, apenas um grupo com "mentalidade kamikaze" usaria o sarin, um gás muito instável.
Segundo analistas, as pistas apontam para grupos de extrema direita ou esquerda e para a seita religiosa Aum Shinrikyo (Ensinamento da Verdade), em cuja sede foram encontrados vestígios de um derivado de sarin em dezembro.
Se for um ataque da direita, pode ser um protesto contra o pedido de desculpas que o premiê Murayama prometeu fazer no aniversário da rendição japonesa na Segunda Guerra, no segundo semestre.
Mas observadores dizem que extremistas de direita nunca utilizaram gases e, em geral, preferem armas brancas e revólveres.
Extremistas de esquerda também nunca usaram equipamentos sofisticados nos seus ataques.
A Aum Shinrikyo negou participação no atentado.

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