São Paulo, quarta-feira, 22 de março de 1995
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Muito barulho; Experiência americana; Empurrão; É pecado; Cenas da vida; Outra versão; Honraria; Ocupado; Sem saudade; Moda

Muito barulho
Ganhava força ontem no governo e nos partidos aliados a avaliação de que FHC não indicará um articulador político tão cedo. A idéia seria evitar a imagem de que o Planalto só age sob pressão. Ou seja, a celeuma deve dar em nada.

Experiência americana
FHC contou a aliados ter ouvido de Clinton que a relação individualizada dele com o Congresso americano foi desgastante. Os parlamentares entenderam como um sinal de que o brasileiro evitaria isso, mas hoje estão em dúvida.

Empurrão
Em conversas com parlamentares do PSDB, FHC tem dito que deseja ver seu partido na linha de frente da reforma constitucional. Os interlocutores tucanos não sentiram qualquer tom de cobrança. Pelo menos, por enquanto.

É pecado
Ao inquirir Pérsio Arida ontem, no Senado, Esperidião Amin (PPR-SC) reclamou dos juros pagos aos recursos especulativos externos. "É o dinheiro de motel: não vem aqui para casar e formar família, mas para uma aventura".

Cenas da vida
Enquanto Arida falava, o "Diário Oficial" de ontem circulava com a classificação de filmes feita pelo Ministério da Justiça: "Salve-me" (liberado para exibição depois das 20h) e "Aventura Perigosa" (para depois das 21h).

Outra versão
Sérgio Motta rebate o comentário de Nélson Trad (PTB-MS) de que telefonou 18 vezes até conseguir uma audiência com o ministro. Diz que o deputado foi recebido pessoalmente três vezes.

Honraria
A Universidade de Coimbra decidiu ontem outorgar a FHC o título de doutor "honoris causa". O presidente receberá a homenagem pessoalmente, quando visitar Portugal nos dias 4 e 5 de maio.

Ocupado
Os telefones não pararam ontem no Ministério da Administração. Era dia de pagamento e assessores graduados queriam saber da medida provisória que aumentará seus salários. A resposta era sempre igual: não há informação.

Sem saudade
Conversa de dois ex-comandantes da economia, ontem, na Câmara. Delfim Netto (PPR-SP) duvidava da chance de haver superávit na balança comercial em 95. Eliseu Resende (PFL-MG) defendia estímulos à exportação.

Moda
De Ernesto de Salvo, da Confederação Nacional da Agricultura, sobre a Taxa de Juros de Longo Prazo, menor do que a TR, nos financiamentos agrícolas: "A TJLP é a TR de minissaia: é curtinha e esconde a indexação".

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