São Paulo, quarta-feira, 22 de março de 1995
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Policiamento é reforçado em BH

DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

O Comando de Policiamento da Capital decidiu reforçar o policiamento em Belo Horizonte em função dos atentados a bomba que ocorrem na cidade.
Segundo o capitão Carlos Murilo Ribeiro, relações-públicas da PM, o reforço de policiamento se dará principalmente nas sedes dos órgãos de imprensa locais e em órgãos públicos que possam se tornar alvos de novos atentados.
Ribeiro disse que todos os batalhões estão sendo instruídos a redobrar a atenção durante a vigilância rotineira na cidade. Estão incluídos neste esforço de policiamento os batalhões de choque, trânsito e cavalaria.
A Polícia Militar continua recebendo vários telefonemas com ameaças falsas de bomba. Ontem foram mais seis trotes que a PM verificou.
"É nossa obrigação verificar todas as denúncias. Se houver alguma coisa suspeita, isolamos o local", disse Ribeiro.
Três telefonemas indicavam que havia bomba em colégios. Houve ainda ameaças de bomba no metrô, no prédio do Ipsemg (Instituto de Previdência dos Servidores de Minas Gerais) e em um hospital.

Proteção
Integrantes da Comissão de Direitos Humanos da Prefeitura de Belo Horizonte e da Câmara Municipal pediram ontem proteção policial.
A ex-vereadora Helena Greco (PT) e os vereadores Betinho Duarte e Maria Caiafa, também do PT, seguiam anteontem para uma reunião no gabinete do vice-prefeito Célio de Castro (PSB) para discutir os atentados à bomba. Quando chegaram ao local, havia ameaça de bomba.
Os vereadores estranharam o fato de outras pessoas estarem sabendo daquela reunião e, por isso, temem estar sendo vigiados.
A seção mineira da OAB vai acompanhar as investigações policiais sobre os atentados. Foi formada uma comissão de três advogados, sendo um ex-procurador da República e dois criminalistas, conforme acerto entre a entidade e a Secretaria da Segurança.

Governo
O governo de Minas, por meio de sua assessoria de imprensa, disse ontem que "continua na posição firme de investigar a fundo" os atentados à bomba em Belo Horizonte.
Para o governo, trata-se de ações sem caráter político. "Temos absoluta certeza disso", disse o secretário-adjunto de Comunicação do governo, Francisco Brant.

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