São Paulo, quarta-feira, 22 de março de 1995 |
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Cineastas jovens expõem impasses sociais do México em Guadalajara
LEON CAKOFF
O prêmio do público ficou com "El Callejon de los Milagros", de Jorge Fons. O da crítica internacional foi para o melodrama "La Mujer del Puerto", de Arturo Ripstein A nota destoante ficou por conta da co-produção cubano-mexicano-espanhola "Reina y Rey", do veterano cineasta cubano Julio Garcia Espinosa, 69, representante da linha dura do regime cubano. Em "El Jardin del Edén", Maria Novarro foi até a fronteira com os EUA para ver como anda um dos mitos da cultura mexicana: a emigração. De um lado e de outro da fronteira, a linha divisória parece um absurdo, um complicador dos tempos modernos que destoa do universo fantasioso de progresso sonhado por seus personagens. Em "Dos Crimenes" um casal foge da acusação de um assassinato e se refugia no rancho de um tio rico e moribundo. Assim que o tio morre, é acusado de um segundo crime que não cometeu. "En el Aire" recua aos anos 60 para buscar, segundo o diretor, "as origens do conservadorismo de uma geração que tem medo de mudanças". "O México é isso que acabamos de assistir nas eleições, quando todos diziam querer mudanças e acabaram votando no mesmo partido dos últimos 70 anos. Como o personagem que criei que sempre vocifera por mudanças, o tempo passa e nada faz para mudar nada...", disse o cineasta estreante. Texto Anterior: Fayga Ostrower mostra 45 anos de gravura em retrospectiva no Rio Próximo Texto: Freira de salto alto define 'A Dama Oculta' Índice |
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